Aspectos positivos da 1º fase que podem ajudar o Uruguai no sábado
Saldo da fase de grupos foi positivo para a Celeste. O Uruguai soube aprender com seus erros e vai para as oitavas de final, contra Portugal, neste sábado, mais confiante<br>
A fase de grupos pode ser um céu ou um inferno para uma seleção grande. O azul da celeste aproximou o Uruguai mais do céu na primeira etapa do Mundial da Rússia. O Uruguai soube aprender com seus erros e vai para as oitavas de final com experiência e moral elevado. Contra Portugal, neste sábado, às 15h, em Sochi, a Celeste vai com Suárez e Cavani confiantes, com um leque defensivo ainda mais forte, o problema no meio campo visto nos primeiros jogos foi resolvido e as marcas, pessoais e coletivas, aumentaram o moral da equipe.
Suárez e Cavani confiantes
O Uruguai pode se orgulhar de ter em seu comando de ataque, não apenas um, mas dois dos melhores atacantes do mundo. Contra Portugal, Suárez e Cavani vão, pela primeira vez na Copa entrar em campo depois de um jogo em que ambos foram às redes. Antes da partida contra a Rússia, na vitória por 3 a 0, a Celeste só tinha marcado dois gols e até os 45 minutos do segundo tempo, Cavani ainda não tinha balançado as redes.
O atacante do PSG já estava ficando incomodado e seus companheiros passaram a buscar, mais intensamente, o jogador para ajuda-lo a fazer o seu primeiro gol. Deu certo. Cavani fez o último gol da goleada sobre a Rússia. Suárez, por sua vez, já havia marcado contra a Arábia Saudita e contra a Rússia já tinha deixado o dele. Boa notícia para os uruguaios, que acreditam ainda mais no seu poderio ofensivo, com os atacantes com a confiança alta.
Leque defensivo atualizado
A notícia da lesão de Giménez gerou uma reação muito negativa, até porque o zagueiro foi o autor do primeiro gol do Uruguai na Copa e tem em Godín não apenas seu parceiro de zaga na Celeste, mas também no clube (Atlético de Madrid). O entrosamento é evidente e as características de um completam a do outro. Contra a Rússia, Tabárez mudou o esquema para três zagueiros, puxando Cáceres para a zaga e dando a titularidade para Sebástian Coates. O esquema deu certo. Coates, experiente, compôs bem a zaga com Godín e teve em Cáceres um respiro na parte física.
O fato do esquema ter funcionado é um alento para lidar com a lesão de Giménez. As notícias, porém, são boas. O jogador se recuperou bem e é provável que enfrente Portugal. Com isso, o leque defensivo do Uruguai aumenta. Tabárez pode optar por jogar com três zagueiros novamente, agora com Giménez e Godín, além de Cáceres ou Coates. Pode também voltar ao seu esquema antigo de dois zagueiros e usar como opção o esquema de três zagueiros dependendo da circunstância de jogo. Com a melhor defesa da Copa, a Celeste não levou nenhum gol até agora na competição e ganha, ainda mais, força contra Portugal.
Problema no meio campo: resolvido
O maior problema da Celeste nas duas primeiras partidas foi a composição do meio campo. Contra o Egito, os estreantes Bentancur, Vecino, Nhandéz e De Arrascaeta, não funcionaram. Contra a Arábia Saudita, a opção por Cristian Rodríguez e Carlos Sánchez (no lugar de Nández e Arrascaeta) foram bem na marcação, mas não na parte ofensiva. Na vitória por 3 a 0, Tabárez pareceu encontrar a solução.
A entrada de Torreira, um cinco clássico, deu segurança no meio e deu mais liberdade para as subidas de Bentancur e Vecino. Laxalt, jogando de ala, no esquema de três zagueiros, também funcionou. O meia de origem participou diretamente do segundo gol, deu velocidade a equipe e ajudou na recomposição. Torreira deve continuar como titular e com essa consistência defensiva no meio, o Maestro pode escolher entre Sánchez e Laxalt. Ou então, voltar ao esquema de três zagueiros, com Laxalt jogando como ala novamente. O fato é: Tabárez, agora, sabe como utilizar o melhor de todas as suas peças do meio campo.
Moral elevado
O Uruguai vai para disputar essas oitavas de final como nunca antes havia disputado. Pela primeira vez na história, a Celeste venceu as três partidas da fase de grupos. A moral ainda fica mais elevada, com as marcas pessoas dos jogadores. Muslera se tornou o jogador que mais disputou partidas com a camisa do Uruguai em Copas do Mundo, Suárez atingiu a marca dos 100 gols e se tornou o único jogador a marcar gols em três edições da competição. Do gol ao ataque, a moral está elevada e o discurso entre os jogadores é de "continuar fazendo história", como bem disse Suárez após a vitória contra a Rússia, em entrevista ao deixar o campo de jogo.