Roy Keane opina sobre proibição da braçadeira ‘One love’: ‘Kane e Bale deveriam ter se mantido firmes’
Depois de Inglaterra e País de Gales não utilizarem a braçadeira com os dizeres 'OneLove' por determinação da Fifa, ex-jogador disse que ter voltado atrás foi um grande erro
Depois de Inglaterra e País de Gales não utilizarem a braçadeira com os dizeres 'OneLove' por determinação da Fifa, Roy Keane opinou sobre a decisão. De acordo com o ex-atleta, ambas as seleções e seus capitães, Gareth Bale e Harry Kane, não deveriam ter cedido à pressão da entidade na Copa do Mundo do Qatar.
- Os jogadores poderiam ter feito isso qualquer que fosse a punição. Faça isso no primeiro jogo, você recebe o cartão amarelo, mas que mensagem isso teria passado? - disse o ex-jogador do Manchester United.
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- Você aceita e no próximo jogo você continua . Você não usa porque não quer ser suspenso, mas acho que foi um grande erro. Kane e Bale deveriam ter se mantido firmes e feito isso. Não importa a pressão de fora ou das federações. Você tem que ter convicção. Se é nisso que você acredita, faça - disse Keane à ITV .
Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Inglaterra, País de Gales e Suíça emitiram um comunicado em conjunto informando a orientação de recuo aos seus líderes.
- A Fifa deixou muito claro que imporá sanções esportivas se nossos capitães usarem as braçadeiras no campo de jogo. Como federações nacionais, não podemos colocar nossos jogadores em uma posição em que possam enfrentar sanções esportivas, incluindo cartões amarelos, por isso pedimos aos capitães que não tentem usar as braçadeiras nos jogos da Copa do Mundo da FIFA - disse parte do informativo.
Além dos cartões amarelos, a entidade máxima do futebol também sinalizou que puniria essas seleções com multas. No último fim de semana alguns representantes dessas federações entraram em contato com membros da Fifa, a fim de flexibilizar a situação, mas em vão.
A campanha ‘OneLove’ tem como objetivo alertar o planeta sobre todas as formas de amor, o que há resistência na cultura do Qatar, sede do Mundial, que classifica a prática homossexual como crime, passível até mesmo de pena de morte em alguns locais do país.
As Federações tomaram a decisão muito por conta da punição esportiva, pois já estavam preparadas para multas financeiras, que seriam pagas.