Vai dar namoro? Casal russo-brasileiro tem a união que a Seleção busca em Sochi
No hotel onde o Brasil está hospedado na Rússia há o exemplo de relação que o grupo de Tite espera na Copa do Mundo. Ousadia, amor e final feliz
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Ludmila Krainichenko Sergeevna Oliveira. Nome e sobrenome russos com um toque abrasileirado do marido Gilcimar Oliveira. Uma relação que está pertinho da Seleção Brasileira em Sochi e tem as nuances do que os comandados de Tite buscam em sua passagem pela Rússia: descobertas, união, ousadia, amor e, principalmente, final feliz, como tantos casais esperam no Dias dos Namorados, comemorado nesta terça no Brasil.
Ludmila é recepcionista do hotel Swissotel Resort Sochi Kamelia, onde a Seleção Brasileira está concentrada em Sochi, sua terra natal. É não, está. Porque ela há cinco anos mora no Brasil com o marido brasileiro que conheceu pela internet e só voltou à Rússia para visitar a família. Graças à ousadia de Gilcimar, que atacou de Neymar.
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- A gente começou a se falar pela internet, pois eu tinha mania de ver marcações de fotos e, não sei como, um dia a apareceu ela e chamei ela na conversa naquele jeitinho mineiro. Eu não sabia que ela era russa, achei que ela era grega na verdade, por causa dos alfabeto diferente. A gente começou conversando em inglês, nosso inglês era muito ruim, uma dificuldade muito grande para conversar. Fomos nos entendendo, ela também era de esporte, de academia e a partir daí Deus abençoou - contou Gilcimar, que tenta emplacar um canal no YouTube sobre Parkour, um método de treinamento para superar obstáculos usando apenas o próprio corpo.
As conversas pela internet atravessavam noites e noites até que um dia Gilcimar decidiu ir em busca da amada. Mentiu para a mãe e saiu do Brasil com aliança de compromisso em mãos.
- Minha mãe achava que eu estava em Belo Horizonte. E eu fui para a Rússia. Ainda mandei foto das alianças e disse: "Sinta-se enamorada". Aí ela foi me buscar no aeroporto, deu certo e voltou comigo - lembra o mineiro ousado.
O amor de Ludmila, que correspondeu de pronto, não foi só pelo marido. Ela é apaixonada pelo Brasil. Sempre quis morar no lugar onde acredita que as pessoas são mais gentis do que em sua terra natal.
- O Brasil sou eu. Eu amo os lugares, as pessoas. Os russos são mais sérios, mais nervosos. A gente do Brasil é mais boazinha, eu amo. Amei ele e casei - conta Ludmila, em um português muito claro, mas com um forte sotaque russo, uma mistura ímpar.
A proximidade com a Seleção Brasileira em Sochi foi por acaso. Para aproveitar o período em Sochi, Ludmila enviou seu currículo pela internet e foi captada pelo hotel onde o Brasil está hospedado na cidade. Depois de um tempo soube que o lugar receberia os brasileiros. Grata coincidência.
- Fiquei muito feliz quando soube, já que amo os brasileiros e o Brasil. Foi muito legal - comemora.
O coração só fica dividido na hora de escolher para quem torcer na Copa do Mundo. Apesar do amor pelo Brasil, a recepcionista gosta muito de seu país e ficou em cima do muro:
- É difícil, vou torcer para os dois. Mas quero voltar logo para o Brasil, já estou com saudade - entrega a russa, puxando uma sardinha para o lado brasileiro.
Ludmila ama o Brasil, mas pelo menos no futebol o seu conhecimento sobre o país parou no tempo. Quando perguntada sobre os jogadores brasileiros que conhecia e mais gostava, ela respondeu Ronaldinho e "Pelé, claro". Mas não sabia quem era Neymar...
Tudo, prova de amor ao país ela já deu e até deixou um recado carinhoso para o craque a pedido do LANCE!. Se a Seleção de Tite se inspirar na história, quem sabe não dá namoro entre Brasil e Rússia na Copa?! O final feliz, no caso, seria o hexa.
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