Herói da conquista da Copa do Mundo de 1986 da Argentina, Diego Maradona teve que deixar a competição em 1994 por ter sido pego no exame antidoping. E segundo o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, o brasileiro João Havelange tentou esconder o caso para que o craque não fosse retirado da competição.
A revelação aconteceu através de uma biografia de Joseph Blatter, que ainda não foi publicada, mas teve trechos divulgados pelo jornalista norte-americano Keir Radnedge.
De acordo com Radnedge, Havelange falou com o então presidente da federação argentina Julio Grondona, que iria resolver o assunto "depois".
- Maradona testou positivo para efedrina, assim como outros quatro produtos banidos. Ele alegou inocência e que tinha tomado um remédio após um resfriado. João Havelange, o presidente do comitê organizador, Guillermo Canedo, do México, e presidente da federação argentina, Julio Grondona, queriam que nós não revelássemos o assunto, propondo lidar com isto depois - teria dito Blatter.
Apesar disso, Blatter teria sido contra a postura de Havelange, conforme destaca o jornalista. O então secretário da Fifa afirmou que queria uma punição imediata a Maradona.
O craque argentino foi punido pelo caso de doping. Maradona ficou de fora da Copa do Mundo e ainda teve uma suspensão de 15 meses.