Superação: como o Japão driblou obstáculos para vencer a Colômbia
Em Saransk, Japão mostrou qualidade com uma seleção organizada em campo e aproveitou a expulsão de Carlos Sanchéz, no início, para vencer<br>
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Mesmo atravessando um período de dificuldades e desgaste psicológico, o Japão fez a melhor estreia possível na Copa do Mundo da Rússia - e contou com uma "ajuda" da Colômbia, que estava desajustada e perdeu Carlos Sánchez expulso logo aos três minutos, facilitando a vida dos Samurais Azuis, que garantiram a primeira vitória da história do Japão sobre uma seleção sul-americana em Copas (até então, o retrospecto era de 15 vitórias sul-americanas e três empates. Kagawa - de pênalti - abriu o placar para o Japão, Quintero empatou e Osako decidiu, de cabeça, aos 28 minutos do segundo tempo.
O duelo foi o primeiro do grupo H. No próximo domingo, às 9h (de Brasília), o Japão encara o Senegal, em Ecaterimburgo. Já a Colômbia entra em campo às 12h para enfrentar a Polônia na Arena Kazan.
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INÍCIO AVASSALADOR
O encontro começou intenso. Apesar de ser considerada favorita por conta da fase complicada que vivia o Japão, a seleção colombiana pagou por seus pecados cedo. Dentro da área, Carlos Sánchez cortou um chute com o braço e o árbitro não hesitou em dar o primeiro cartão vermelho da Copa. Bom para o Japão, que garantiu o pênalti e marcou com Kagawa, aos seis minutos.
Atrás no placar, a seleção colombiana teve dificuldade para furar o bloqueio japonês e as constantes pedaladas de Cuadrado mais prejudicaram do que ajudaram o time. Com marcação intensa do Japão e falta de criatividade do ataque da Colômbia, a partida continuou pegada e Cuadrado foi sacado por Pékerman para entrada de Barrios. A mudança necessária para a organização da equipe surtiu efeito e a Colômbia, conseguiu ampliar o espaço para criar jogadas ofensivas.
DE FALTA NO ESTILO RONALDINHO, QUINTERO IGUALA
Foram duas chegadas com Falcao García e falta cometida pelo Japão na segunda tentativa do camisa 9 foi crucial. Próximo da área, Quintero foi para a cobrança e bateu por baixo da barreira no melhor estilo R10. Kawashima tentou a defesa, mas só agarrou quando a bola já estava dentro do gol - e ainda reclamou, alegando que a bola não tinha entrado. Só que a tecnologia da linha do gol não deixou dúvida alguma para a arbitragem.
A entrada de Barrios reforçou o meio de campo e, na frente, Falcao continuou se movimentando bem, mas a dificuldade para criar jogadas voltou a aparecer no final da etapa.
SÓ DEU JAPÃO NO SEGUNDO TEMPO
O Japão, que alcançou 52% de posse de bola contra 48% da Colômbia no primeiro tempo, voltou dominando as ações enquanto a Colômbia, sob olhar crítico do ídolo Carlos Valderrama, que estava na arquibancada, manteve-se fechada em busca de contra-ataques. Se o setor ofensivo apresentou dificuldade na criação logo no início da segunda etapa, o goleiro Ospina voltou ligado.
Focado no jogo, o Japão soube aproveitar as falhas da Colômbia, mas não foi o suficiente para tomar à frente no placar. Com apenas 11 minutos de bola rolando, Osako mandou uma bomba de canhota, mas Ospina salvou. Logo em seguida, o Japão voltou a pressionar com Inui, que chutou a bola no cantinho e obrigou o arqueiro sul-americano a voar para defender.
JAMES RODRÍGUEZ PELA COLÔMBIA E HONDA PELO JAPÃO
O técnico José Pékerman logo percebeu que seria complicado conquistar a vitória na estreia diante de uma equipe muito bem organizada e promoveu a entrada de James Rodríguez no lugar de Quintero, enquanto Akira Nishino colocou o meia Honda, que já entrou arriscando chute forte de fora da área no primeiro minuto em campo, mas foi parado por Ospina.
Apesar da inspiração do goleiro para realizar defesas importantes, o Japão manteve o jogo ofensivo e, após cobrança de escanteio, Osako (de 1,82m) subiu mais que a zaga e, de cabeça, garantiu o segundo para os Samurais Azuis, aos 28 minutos da etapa complementar. Curiosamente, o Japão tem a seleção com terceira menor média de altura entre os países da Copa (com 1,78.8 de média). A Colômbia é a nona menor da lista (com 1,80.6 de média).
UM A MENOS FEZ FALTA
Com dez jogadores, a Colômbia teve ainda mais dificuldade para reagir. A equipe até tentou, com ataque de Falcao, que terminou em escanteio. Na sequência, James Rodríguez recebeu a bola sozinho na área e soltou uma bomba, mas a bola desviou e saiu pela linha de fundo.
Vencendo o jogo, o Japão se concentrou na defesa e ainda arriscou algumas jogadas de ataque. Enquanto isso, a Colômbia, desesperada, mandou todos os jogadores para a frente na tentativa de buscar o empate, que não veio.
FICHA TÉCNICA
COLÔMBIA 1 X 2 JAPÃO
Local: Arena Mordovia, em Saransk
Data-hora: 19/06/2018 - 9h (de Brasília)
Árbitro: Damir Skomina (ESL)
Auxiliares: Jure Prapotnik (ESL) e Robert Vukan (ESL)
Cartões amarelos: Barrios, James Rodríguez (COL); Kawashima (JAP)
Cartão vermelho: Carlos Sánchez (COL) (3'/1ºT)
Público: 40.842 presentes
GOLS: Kagawa, 6'/1ºT (0-1), Quintero (39'/1ºT) (1-1) e Osako (28'/2ºT) (1-2)
COLÔMBIA: Ospina; Arias, Murillo, Davinson Sánchez, Mojica; Carlos Sánchez, Lerma, Izquierdo (Bacca - 24'/2ºT), Quintero (James Rodríguez - 17'/2ºT), Juan Cuadrado (Barrios - 30'/1ºT); Falcao. Técnico: José Pékerman.
JAPÃO: Kawashima; H. Sakai, Yoshida, Shoji, Nagatomo; Hasebe, Shibasaki (Yamaguchi - 33/2ºT), Inui, Kagawa (Honda, 24'/2ºT), Haraguchi; Osako (Okazaki - 39'/2ºT). Técnico: Akira Nishino.
* Sob supervisão de Vinícius Perazzini
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