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Técnico pede ‘bumbo e violino’ em Portugal e não liga para liderança

Fernando Santos avisa que a equipe de Cristiano Ronaldo não vai encantar o tempo todo e afirma que foco é apenas se classificar, independentemente se for só empatando com Irã

Fernando Santos - Portugal
imagem cameraFernando Santos não dá importância em passar em primeiro ou segundo lugar do Grupo B (Foto: Miguel Riopa / AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 21/06/2018
13:26

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O técnico de Portugal deu entrevista nesta quinta-feira, dia de treino no campo só para os reservas, e tratou de defender o estilo de sua equipe, que venceu Marrocos por 1 a 0 sofrendo pressão do adversário africano. Fernando Santos, inclusive, avisou que o empate diante do Irã, nesta segunda-feira, não seria ruim, já que tanto faz para o comandante passar na liderança ou em segundo no Grupo B da Copa do Mundo.

- Conheço bem o Irã. O jogo de ontem (Irã perdeu por 1 a 0 para a Espanha) marcou os jogadores. Até percebemos pelas conversas. Isso é um grande alerta. Eles sabem que é uma seleção muito difícil. E, ao contrário do que se pensa, Portugal só quer estar nas oitavas de final. Não estou nada preocupado em ser primeiro ou segundo. Há três equipes em condições de passar, e o fundamental é passar - disse Fernando Santos, sincero.

Portugal e Espanha dividem a liderança da chave com exatamente o mesmo número de pontos que Portugal (quatro), saldo de gols (um) e gols marcados (quatro), mas os lusos ficam atrás dos vizinhos ibéricos no número de cartões amarelos (dois a um), que também é um critério de desempate. De qualquer forma, o que interessa a Fernando Santos é ficar entre os dois primeiros no Grupo B, indicando, inclusive, que dar show não é a missão do time.

- Essa é a nossa forma de jogar. Às vezes, toca-se violino; em outras, bumbo. No jogo, temos de tocar bumbo e, também, violino. Se quisermos ser só violinistas, não dá. Só bumbo, também. Por um lado, temos de ser agressivos e não permitir que o adversário jogue e ganhe as disputas individuais. Depois, é pôr a capacidade ofensiva em campo - falou, admitindo, porém, que a equipe precisa melhorar individualmente.

- As coisas têm funcionado, a equipe está alegre, divertida, com confiança. Nos jogos, isso não tem acontecido, mas por algum mérito dos adversários. Portugal tem dificuldade nos duelos individuais. Sem a bola, temos cansaço não só físico como mental. Desgasta correr atrás dela e, em alguns momentos, a equipe deixa-se pressionar com alguma facilidade. O problema está aí - indicou, falando até em pressão por ser o atual campeão da Eurocopa.

- O que sinto no dia a dia não é isso. Mas pode acontecer. É muito bonito, mas ser campeão da Europa tem peso. Falo com eles todos os dias e sei que estão confiantes porque há uma relação de absoluta confiança, mas durante o jogo o subconsciente funciona. Às vezes, é mais positivo; em outras, menos. Não podemos mandar no subconsciente e não podemos dizer se, durante o jogo, isso influencia ou não - declarou, apontando, porém, um problema geral.

- Todos os jogadores acusam a presença no Mundial, não só Portugal. A Espanha sentiu dificuldades diante do Irã, a Argentina teve problemas… É um peso muito grande. Mas essa pressão exterior é normal, existe sempre. Fisicamente, os jogadores estão bem, treinam com alegria, prazer. Os jogadores querem mais, a equipe está livre e acredito que vamos fazer um bom jogo.

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