Werner e Müller precisam acordar para evitar marca negativa de 1978
Última vez em que Alemanha passou dois jogos em branco em Copas do Mundo foi há 40 anos. Na estreia, ataque decepcionou; no banco, primeira opção é o veterano Mario Gómez
- Matéria
- Mais Notícias
A estreia da Alemanha na Copa de 2018 não foi como o mundo inteiro esperava. Não que perder para o México, arrumado e com bons jogadores de contra-ataque, seja um vexame. Mas o baixo poder de fogo que a atual campeã mostrou na primeira partida preocupa Joachim Löw, que viu seu time passar em branco e que agora terá pela frente a - pouco talentosa mas forte defensivamente - Suécia.
E, se não mudar a engrenagem do ataque, a Alemanha corre perigo de igualar uma marca negativa de 40 anos atrás. A última vez em que a seleção passou dois jogos sem balançar as redes foi na Copa de 1978, na Argentina. Naquela competição, foram dois empates seguidos por 0 a 0, contra a Tunísia e a Itália.
Pode parecer exagero, mas as esperanças de gol da Alemanha realmente decepcionaram. O jogador que mais finalizou foi Toni Kroos, volante, com três chutes ao gol. Todos de fora da área. Os artilheiros da equipe, Thomas Müller e Timo Werner, tiveram desempenhos muito abaixo do esperado. O primeiro, sequer finalizou. O segundo só acertou uma vez a meta, e teve outros dois chutes para fora.
UM DIA RUIM, TALVEZ?
A expectativa em cima da dupla, porém, mesmo após uma atuação fraca, é grande. E não é por acaso. Müller é forte candidato a buscar o posto de maior artilheiro da história das Copas. Com apenas 28 anos e duas participações - esta é a terceira - soma nada menos que 10 gols. Está apenas a dois de Pelé e a seis do compatriota Klose, que jogou quatro Copas. Marcou cinco vezes em 2010 e 2014. Desta vez, porém, atuou um pouco mais recuado que nos outros anos e certamente o técnico Joachim Löw ajustará seu posicionamento.
Disputando a primeira Copa do Mundo, Timo Werner ainda é um 'desconhecido' para os torcedores mais desligados do futebol mundial. Normal. Ele tem apenas 22 anos e joga no modesto RB Leipzig, da Alemanha. Mas a expectativa em cima do garoto, que já assumiu a camisa 9 da Seleção, é alta. Foram 23 gols na última temporada, contando três na Champions League, 13 na Bundesliga e quatro na Europa League. Os bons números - não impressionantes - são apenas um aperitivo do que o jogador é capaz. Nos amistosos pela Alemanha, encaixou no esquema tático e virou xodó do treinador. É rápido no mano a mano e sabe jogar para o time. Será que vinga?
SE NÃO DER NA TÉCNICA...
E, como sempre, a Alemanha tem uma alternativa que pode mudar o jogo no banco de reservas. Se nas últimas Copas, Klose entrava para reforçar a bola aérea e ter presença de área, dessa vez é Mário Gomez a primeira opção no ataque. O experiente centroavante de 32 anos tem pouca mobilidade e qualidade para acompanhar o ritmo do time, mas é a arma que o treinador tem no banco 'apelar' e buscar um gol na marra. Força física, jogo aéreo e boa finalização são os pontos fortes do alemão filho de espanhóis.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias