O Corinthians fez uma correção nos valores da venda de Jô ao Nagoya Grampus (JAP), por meio gerente de futebol Alessandro Nunes. Nesta terça-feira, o dirigente disse que a negociação foi fechada por 10 milhões de dólares (cerca de R$ 32 milhões), e não em euros (cerca de R$ 39 milhões), como havia dito o presidente Roberto de Andrade. A diferença nos valores, de cerca de R$ 7 milhões, foi publicada pelo jornalista Juca Kfouri em seu blog no Portal UOL, motivando a declaração de Alessandro.
O jornalista também informou que o Corinthians pagou cerca de R$ 9,5 milhões do montante a dois empresários a titulo de comissão pela intermediação do negócio. Alessandro não confirmou o valor, mas disse ser normal o pagamento de comissão nestes casos, mas com porcentagem definida.
- O Jô foi vendido por 10 milhões de dólares. A comissão é normal ser 10% de contrato. Se existe outra composição, eu desconheço. Estou sabendo da venda do Jô por 10 milhões de dólares. Se nós divulgamos euros, nos equivocamos. A venda foi em dólares - confirmou o gerente.
No último dia 5, o presidente Roberto de Andrade concedeu entrevista coletiva ao lado de Jô no CT Joaquim Grava para falar sobre a venda. Na ocasião, o presidente foi perguntado se o atacante tinha sido vendido por 10 milhões de euros e respondeu que era "mais ou menos isso". Em seguida, o dirigente ficou incomodado ao ser perguntado sobre o que iria fazer com o dinheiro.
- O destino é o clube. Não sei o que vamos fazer, vamos ver. É uma coisa interna, não interessa a ninguém, só à diretoria do clube o que vai fazer com o dinheiro - afirmou.
Um dos empresários que recebeu comissão no negócio por Jô é Giuliano Bertolucci, um dos agentes brasileiros mais influentes no mundo. No Corinthians, ele é visto como parceiro do ex-presidente e atual candidato Andrés Sanchez e da administração atual, que comanda o clube nos últimos dez anos. Nesse período, Bertolucci participou de várias negociações do Timão nos últimos anos.