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ANÁLISE: Aguerrido, Corinthians jogou no limite de suas opções e batalhou de frente com o Boca

Timão teve sete desfalques, perdeu jogadores fundamentais durante a partida, e mesmo assim saiu vivo para o duelo decisivo na Bombonera, pela Libertadores

Corinthians x Boca Juniors - Libertadores
Timão em campo contra o Boca (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)

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O Corinthians não foi brilhante no empate sem gols com o Boca Juniors, pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, mas dada a extensa lista de desfalques, o Timão fez uma partida para deixar o torcedor orgulhoso, especialmente pela entrega dos jogadores corintianos durante os 90 minutos.

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A sensação após o apito final era que tanto o Timão quanto Boca poderiam ter saído da Neo Química Arena com a vitória, e isso diz muito da atuação corintiana, já que Vítor Pereira teve diversos problemas na montagem do onze inicial.

Para o jogo contra os argentinos, Vítor tinha sete desfalques, sendo quatro meio-campistas. Não obstante, Fagner saiu no intervalo, e Willian deixou o gramado nos minutos finais. Ambos preocupam e pode desfalcar a equipe no jogo de volta, na próxima terça-feira (5), às 21h30, na Bombonera.

O setor central era o grande 'quebra-cabeça' para o português. O treinador escolheu Roni como o primeiro volante da equipe, e mesmo criticado pela torcida corintiana em razão do desempenho recente o camisa 29 fez sólida partida, ajudando na marcação.

Giuliano atuou pelo lado esquerdo do meio-campo, enquanto Adson foi escalado como um meia pela direita, puxando de fora para dentro.

A principal mudança tática de Vítor Pereira para este jogo contra o Boca foi a utilização de Fagner. O lateral-direito atuou quase como um terceiro zagueira, para qualificar a saída de bola e ajudar a neutralizar Villa, um dos atletas mais criativos do Boca Juniors.

Apesar da nova dinâmica, o Corinthians tinha dificuldades para superar a marcação argentina, e durante toda a partida, ficou evidente que o problema não era a formação ou o esquema, e sim a ausência de jogadores mais técnicos.

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A válvula de escape da equipe corintiana, por quase todo o jogo, foi Willian. O camisa 10 assumiu a responsabilidade, chamou o jogo para si e foi o jogador mais agudo do Timão.

Mas o meia-atacante não foi o destaque da partida. Se Rossi brilhou ao fazer linda defesa em pênalti cobrado por Róger Guedes, nos minutos finais da primeira etapa, Cássio salvou o Corinthians em três ocasiões, com defesas espetaculares.

O camisa 12 mais uma vez mostrou que é moldado para os grandes jogos do Timão, provando ser o goleiro que faz milagres para evitar derrotas.

Na segunda etapa, os brasileiros ensaiaram uma pressão nos minutos iniciais, mas o jogo voltou a ficar à favor do Boca. A equipe argentina, administrava o ritmo da partida e picotava o jogo com faltas e reclamações ao juiz.

Ignorar o contexto no qual Vítor Pereira e os jogadores corintianos foram submetidos é desonestidade intelectual. A estratégia do português funcionou, seu time teve chances claras (além de um pênalti perdido) e competiu com uma equipe que era melhor qualificada.

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