ANÁLISE: Corinthians contorna desatenção, e consegue empate com sabor de vitória
Timão mostrou maturidade e força mental para superar atuação abaixo do esperado contra o Fluminense, e está mais vivo do que nunca na Copa do Brasil
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Um dos grandes problemas do Corinthians na temporada era a falta de maturidade para reverter situações adversas. A equipe mostrou, em diversas ocasiões, incapacidade de manter o controle emocional para reagir em campo. Contra o Fluminense, foi diferente. O time de Vítor Pereira mostrou personalidade e força mental para buscar duas vezes o empate e conseguir um valioso resultado na semifinal da Copa do Brasil.
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Contudo, não é porque a equipe teve poder de reação que a atuação deve ser celebrada. Na maioria dos 90 minutos, o Timão foi envolvido pelo Tricolor das Laranjeiras, mas assim como em várias ocasiões no Brasileirão, o clube alvinegro se aproveitou das deficiências do adversário, foi letal no ataque e conseguiu um resultado satisfatório capaz de ocultar a performance abaixo do esperado.
A estratégia do técnico corintiano caiu por terra logo aos 30 segundos de jogo, quando Fagner cometeu um pênalti imprudente em Arias. Ganso bateu com perfeição e deu início ao que parecia ser mais uma noite dramática para os torcedores corintianos.
A situação se assemelhou ao que o Timão viveu na estreia de Vítor Pereira, quando Calleri marcou no Majestoso, válido pela fase de grupos do Paulistão, no primeiro minuto do clássico.
O time da casa seguiu pressionando e controlou as ações até os 15 minutos do primeiro tempo. Passado o susto inicial, o Corinthians começou a demonstrar calma, e nivelou o jogo.
Organizado, o Timão aproveitou o erro de passe de Caio Paulista e conseguiu o empate em um bonito gol. Yuri Alberto conduziu o contra-ataque e deu lançamento na medida para Renato Augusto. Com a classe que lhe é característica, o camisa 8 finalizou cruzado, com sutileza, para igualar o marcador.
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Após a recuperação na primeira etapa, o segundo tempo se encaminhava para ser mais calmo do lado corintiano, sem sustos. Ledo engano.
Em mais uma falha bizarra e até inacreditável de desatenção dos jogadores, especialmente Fagner, Arias apareceu livre na área, e teve o brilho para acertar um lindo sem-pulo.
Dessa vez, o golpe no primeiro minuto de um tempo acertou o peito do Timão, que passou boa parte da etapa final se defendendo, tentando evitar que a equipe de Diniz ampliasse a vantagem.
O mais impressionante no clube alvinegro durante todo o segundo tempo foi a falta de intensidade na marcação, e não por falta de esforço, e sim um aparente desgaste físico. Mesmo com a maioria dos titulares descansados no final de semana, a equipe não conseguia acompanhar o ritmo do Fluminense.
Vítor Pereira também sentiu a falta de profundidade de seu elenco, já que ele tinha nove desfalques e só fez suas primeiras alterações aos 40 minutos do segundo tempo.
Mesmo sem Renato Augusto e Yuri Alberto, o Corinthians não parou de lutar, e tirou forças de onde não tinha para conseguir um gol heroico, com direito a uma mini-redenção. Fagner, que teve uma de suas piores atuações vestindo o manto alvinegro, deu lindo passe para Róger Guedes.
O atacante, que minutos antes sinalizou não querer ser substituído, conseguiu linda puxada e fez um gol milagroso, na bacia das almas, que deixou a equipe mais viva do que nunca para o jogo de volta, na Neo Química Arena, no dia 15 de setembro.
O foco do Corinthians é obter a vaga à final, e Vítor Pereira vai precisar fazer com que a equipe seja consistente durante os 90 minutos ao invés de ter poucos minutos de brilho. Caso contrário, o Fluminense mostrou ser uma equipe capaz de ganhar qualquer jogo, e joga com o DNA do treinador.
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