ANÁLISE: Corinthians se impôs na final, pecou nos detalhes, e precisa de ‘cabeça fria’ na reta final do ano

Jogadores precisam de força mental para garantir vaga na próxima Libertadores

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O tetracampeonato da Copa do Brasil não veio para o Corinthians, mas o torcedor deve ficar orgulhoso com a postura do time. Com o Maracanã lotado, um gol sofrido antes dos 10 minutos e o favoritismo para o adversário, o Timão mostrou coragem e, por detalhes, não saiu com a taça no tempo normal.

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O maior erro de Vítor Pereira no duelo decisivo foi apostar em uma surpresa na escalação. Colocar Piton na ala esquerda e jogar todo o primeiro tempo com cinco defensores prejudicou a equipe, que sofreu na transição defensiva e não teve coesão para atacar.

O Flamengo, repleto de talentos individuais, soube explorar a desatenção inicial do Timão - problema recorrente na temporada - e abriu o placar aos sete minutos, em lance onde os volantes e o sistema defensivo (incluindo Cássio) falharam.

Mesmo com uma linha de cinco, a defesa do Timão era facilmente envolvida pela movimentação do quarteto ofensivo do Flamengo, e as incessantes tentativas de cruzamentos com Fagner e Piton não surtiram efeito. As melhores chances alvinegras na primeira etapa vieram nos pés de Fausto Vera e Renato Augusto, em chutes de fora da área.

Após o intervalo, Vítor Pereira corrigiu seu erro e colocou Adson na vaga de Piton. Com o tradicional 4-3-3, o Corinthians atacava com mais leveza, mas dadas as circunstâncias da partida, cedia mais espaços para o Rubro-Negro contra-atacar.

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Cássio compensou sua falha no gol de Pedro com duas defesas providenciais em chutes de Arrascaeta e Everton Ribeiro, no momento onde o Timão mais sofria defensivamente. As intervenções do camisa 12 deram uma sobrevida a equipe, que soube aproveitar o momento.

O Corinthians passou a ter controle da posse de bola na parte final do segundo e sufocou o Flamengo. Róger Guedes teve chance de ouro para igualar a partida, mas o camisa 10 não teve uma noite feliz no Maracanã, e desperdiçou uma oportunidade embaixo do travessão, sem goleiro.

Tudo indicava que a bola corintiana não entraria, mas as substituições de VP funcionaram, e o Timão buscou o empate com o jogador mais regular na Copa do Brasil: Giuliano. A bola sobrou para o camisa 11, que fuzilou a meta do goleiro Santos.

O gol no final encheu os ânimos dos corintianos, que carregavam todo o momento para as cobranças de pênaltis. Cássio impulsionou ainda mais a sensação de que o milagre do Maracanã seria cumprido ao defender a primeira cobrança, de Filipe Luís, mas o destino não sorriu da mesma forma para Fagner e Vital, que erraram as penalidades.

Agora, o Corinthians precisa juntar os cacos e não se deixar abalar com a frustração do vice-campeonato. O clube segue em reconstrução, e para isso, precisa garantir vaga direta na próxima Libertadores. Restam sete batalhas no Brasileirão, e o Timão vai precisar de caráter e força mental para cumprir o objetivo.

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