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ANÁLISE: Vítor Pereira tem muito a anotar no bloquinho após testes no Corinthians

Mesmo em jogo mata-mata, treinador corintiano optou por fazer testes e experimentar o elenco que tem nas mãos

Vítor Pereira - Coletiva Corinthians
imagem cameraContra a Portuguesa-RJ, VP chegou ao segundo empate no Timão, em 11 jogos  (Foto: Reprodução/Corinthians TV)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 21/04/2022
01:17
Atualizado em 21/04/2022
07:00

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Com um time alternativo contra a Portuguesa-RJ, o Corinthians terminou ‘satisfeito’ com um empate em 1 a 1, em Londrina, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil.

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E a decisão de apostar em jovens da base e deixar em São Paulo nove atletas constantes no time titular foi algo que certamente o técnico Vítor Pereira ter muitas ressalvas em relação a atuação coletiva do Timão, mas também passando pela individualidade de alguns atletas.

Até o goleiro Cássio foi poupado contra a Lusa, ainda que tenha sido relacionado e viajado para o Paraná. Ivan foi o titular fez a sua estreia, e não foi bem. Não teve falhas claras, mas esteve mal posicionado no gol sofrido pelo Timão, logo aos dois minutos de jogo. Fora isso, não teve a chance de fazer uma grande defesa.

Vítor Pereira, que costuma carregar um bloquinho de papel à beirada do campo e é flagrado fazendo diversas anotações durante os jogos certamente anotou bastante, principalmente sobre os novatos, mas também terá que escrever sobre os mais experientes que estiveram em campo.

O zagueiro Robert Renan, um dos grandes destaques da base corintiana, fez a sua estreia como profissional. Foi seguro, com dois desarmes e uma interceptação.

Os garotos Giovane e Wesley também entraram, e foram bem. O primeiro entrou no intervalo, buscou jogo e finalizou duas vezes de fora da área levando certo perigo ao gol adversário. Já o segundo teve menos tempo, mas criou uma boa oportunidade de cabeça, mandando por cima do gol.

Já Bruno Melo, que começou jogando pela primeira vez com o atual treinador, começou bem, encontrou Mosquito em algumas oportunidades em profundidade, mas não explorou algumas vezes o corredor ofensivo pelo lado esquerdo. Tudo bem que o camisa 27 tem características mais defensivas, mas quando um lateral tem o espaço é necessário que ele ataque para não sobrecarregar o ponta.

Mosquito e Adson, que trocaram pelas beiradas, não são tão experientes, mas, sim, bem mais experimentados que os meninos que têm começado a ganhar chances no Timão. Ainda assim, a dupla não fez boa partida. Ainda que tenha dado assistência, Gustavo errou muitas tomadas de decisões, segurou bolas que não precisava, errou passes, perdeu chances claras, mas foi o que mais buscou o jogo no primeiro tempo.

Giuliano esteve apagado, parecia em outra sintonia, encostou pouco no ataque e voltou menos ainda para ajudar na marcação.

Roni também não apareceu.

Xavier deixou a saída de bola do Corinthians pesada, pois mantinha apenas os passes curtos, sem lançamentos mais longos ou quebrando algumas linhas de passe. Além disso, foi o principal responsável pelo gol sofrido pelo Timão, logo aos dois minutos de partida, perdendo uma bola na intermediária de ataque, em lance que terminou com a finalização de Cafú no canto direito de Ivan.

Até o próprio Vítor Pereira precisa anotar sobre ele mesmo, já que terminou o jogo com três volantes e sem armador. O português poderia ser mais arrojado nos minutos finais e colocar atletas mais ofensivos, como Luan ou Matheus Araújo. Mas optou por Du Queiroz no lugar de Giuliano, talvez por Du estar seguindo uma sequência.

Com menos de dois meses no futebol brasileiro, VP já entendeu que clássicos são campeonatos à parte por aqui. Também, pudera, ainda com tão pouco tempo no Brasil, o treinador já passou por três, e perdeu todos. E neste sábado (23), o Timão tem pela frente o seu arquirrival, Palmeiras, que ainda não venceu pelo Brasileirão.

Depois, o Timão tem jogo muito decisivo contra o Boca Juniors, na Neo Química Arena, pela Libertadores. Após duas rodadas, o grupo E tem todos os times com uma vitória, uma derrota e a mesma pontuação.

Com isso, a decisão de VP contra a Portuguesa foi compreensível, embora arriscada. Pensar no futuro a curto prazo, experimentando promessas a médio e longo prazo. Porém, no dia 11 de maio tem jogo de volta contra a Portguesa-RJ, na Neo Química Arena, e um tropeço pode custar ao Timão uma eliminação precoce na competição mais valiosa do futebol nacional.

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