Antes do Corinthians, Róger Guedes também teve problemas internos em outros clubes
Vivendo um clima ruim com o técnico Vítor Pereira, atacante também passou por turbulências em Palmeiras e Galo
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Pivô do principal problema interno do Corinthians no momento, uma divergência pública com o técnico Vítor Pereira, o atacante Róger Guedes acumula situações de desconforto, até mesmo com treinadores, em passagens por outros clubes do Brasil.
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Revelado pelo Criciúma, o jogador também vestiu as camisas do Palmeiras e do Atlético-MG em território nacional, e em ambos os lugares protagonizou episódios de desentendimentos.
O primeiro problema público aconteceu no Verdão, durante um treinamento no início de 2017. No ano anterior, Guedes havia sido um dos destaques da campanha alviverde no título brasileiro e na temporada seguinte chegava com moral para a disputa da Libertadores.
No entanto, durante uma atividade, o atleta passou por um trote, onde foi submetido a uma espécie de ‘corredor polonês’, tomando tapas e pontapés dos seus companheiros de clube, por conta de uma aposta perdida.
Róger Guedes reclamou que os jogadores ‘apelaram’ nas agressões, mas poucos dias depois minimizou a situação, dizendo ser algo normal do grupo e, em tom de brincadeira, se vingaria dos outros atletas.
Contudo, no mesmo dia em que concedeu entrevista negando qualquer tipo de problema no elenco palmeirense, uma câmera da TV Globo flagrou um desentendimento do Róger com o meia Felipe Melo, em Montevidéu, onde o Palmeiras se preparava para enfrentar o Peñarol, do Uruguai, pela Libertadores.
Na ocasião, Felipe chamou Guedes de moleque, cobrou respeito e chegou a levar o dedo em riste, na direção do atacante.
No ano passado, em entrevista ao SporTV, Róger Guedes, que já vestia a camisa do Corinthians, disse ter saído do Verdão sem problemas com qualquer pessoa, incluindo Felipe Melo.
Em 2018, Róger foi emprestado pelo Palmeiras ao Atlético-MG, e no Galo seguiu tendo problemas internos. Assim como neste momento, no Timão, a primeira das intrigas foi justamente com o treinador, que na época era Thiago Larghi.
Após ser substituído pelo quarto jogo consecutivo, o atacante se irritou e demonstrou insatisfação a deixar o campo na partida contra o Figueirense, em Santa Catarina, pela terceira fase da Copa do Brasil. O jogador fez o sinal de três com os dedos, alegando que era a terceira vez seguida que era retirado da partida.
Depois do jogo, Larghi minimizou o ocorrido, disse que, de fato, Guedes não gostou de ser o escolhido para sair, mas o assunto já havia sido conversado no vestiário.
No dia seguinte, Róger fez uma publicação no seu perfil nas redes sociais para pedir desculpas e admitir o erro.
Pouco mais de um mês depois, aconteceu a segunda polêmica envolvendo Róger Guedes, que procurou briga com o meia-atacante argentino Tomás Andrade, então seu companheiro de clube, por não gostar de uma entrada durante o treinamento. Outros jogadores tiveram que segurar o atacante brasileiro.
A situação acabou pesando para que Róger fosse cortado até mesmo do banco de reservas do jogo contra o San Lorenzo, pela primeira fase da Copa Sul-Americana de 2018, mesmo tendo viajado para Buenos Aires.
Após as duas ocasiões, o jogador caiu de rendimento, e o Galo conversava com o Bahia para ceder Guedes ao time nordestino. À época, Guedes estava emprestado pelo Palmeiras, com o Atlético pagando integralmente o salário do jogador, até o fim do ano. O acordo que estava desenhado com o Tricolor de Aço era o repasse até o fim daquela temporada, com os baianos pagando parte dos vencimentos do atleta, tendo o restante arcado pelos mineiros.
Contudo, os jogadores veteranos do Atlético-MG interviram ao diretor de futebol atleticano à época, Alexandre Gallo, e pediram a permanência do atacante, como forma de voto de confiança. Róger Guedes então permaneceu no Galo e se reencontrou com o bom futebol.
Porém, quando Róger vivia a sua melhor fase pelo Altético-MG, chegou a proposta do Shandong, da China. Era a vontade do jogador sair e, segundo Sérgio Sette Câmara, presidente do Galo na ocasião, Guedes forçou a sua ida a Ásia, dizendo que nunca mais jogaria e ainda seria um problema para o clube mineiro – a situação foi revelada por Sette Câmara dois anos após deixar o comando administrativo do Galo, durante entrevista ao Canal Alvinegro.
Mesmo pertencendo ao Palmeiras, foi o Atlético-MG responsável por dar o aval à venda de Róger Guedes, já que o contrato de empréstimo dizia que o clube alviverde precisaria solicitar o retorno do atacante com certo tempo de antecedência caso quisesse, mas a proposta chinesa chegou bem perto do fechamento da janela de transferências da época e não houve tempo para esse aviso prévio.
Não era do interesse atleticano negociar Róger Guedes naquele momento, já que o jogador despontava como um dos principais nomes do clube na disputa do Brasileirão de 2018, tendo marcado nove gols em 12 jogos. Mesmo assim, a pressão feita pelo jogador não deu outra escolha para o clube mineiro.
Sobrou ao Galo comemorar ter conseguido um lucro maior do que os 5% da taxa de vitrine, que era prevista em contrato. O percentual de lucro do Galo chegou a 27%, o que significou 2,5 milhões de euros (R$ 11,3 mi, na cotação da época).
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