Apaixonado por carros, corintiano Felipe sonha com Seleção e Europa
Voando baixo em campo, zagueiro mantém paixão por carros equipados e antigos. Jogador prevê duelo difícil contra o Vasco e prevê Timão 'com sangue nos olhos' em São Januário
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Veloz, potente e robusto são alguns dos adjetivos que o zagueiro Felipe acostumou-se a receber por conta de seu bom desempenho neste ano. Estas são qualidades que fazem a diferença para ele dentro de campo, mas também fora dele, por um motivo curioso: o jogador do Corinthians é apaixonado por carros.
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Embora ande em um confortável carro importado, o defensor é fissurado mesmo por carros antigos. Frequentador de feiras automotivas e seguidor das tendências deste meio, ele tem uma Parati 2000 toda equipada, que é seu xodó. Embora Felipe só nos últimos anos tenha tido condições de gastar mais com o hobbie, a paixão por carros vem desde a infância.
– Gosto disso desde moleque. No interior tem muito carro antigo, rebaixado, e aí começou a surgir essa minha paixão. Eu via carro equipado passando, com roda, som, e o meu olho brilhava. Sempre falei que iria ter um – contou ao L!.
O zagueiro ganhou do seu pai o primeiro carro aos 19 anos, um Palio. Depois, trocou diversas vezes de automóvel e chegou a comprar um Passat de 1985. Mas a falta de tempo para cuidá-lo o fez vendê-lo e comprar um mais novo, a Parati. O xodó não agrada a sua mulher, que reclama da falta de ar condicionado.
– Ela enche o saco, fala que é velho. Mas não, carro antigo é diferente. Mulher gosta de conforto, e a Parati não tem, é mais dura, e quente pra caramba – falou, rindo.
Enquanto a Parati está em reforma para receber bancos originais da época, Felipe vai voando baixo em campo. Ele vive sua melhor temporada, tendo vencido a concorrência com Edu Dracena e já atuado 48 vezes em 2015 – desde 2012 no Timão, ele havia feito só 37 partidas em três anos pelo clube.
Os maiores sonhos dele no momento não são de quatro rodas. O zagueiro quer confirmar o título brasileiro na quinta-feira, contra o Vasco, e aí mirar alvos maiores:
– O objetivo maior é a Seleção. E como comecei tarde no futebol e nunca joguei fora, também sonho ir à Europa. Mas não tenho pressa. Estou muito feliz no Corinthians!
"O objetivo maior é a Seleção. E como comecei tarde no futebol e nunca joguei fora, também sonho ir à Europa. Mas não tenho pressa. Estou muito feliz no Corinthians!", Felipe
- Apesar de concorrente, Dracena ajuda Felipe
Embora disputem a mesma vaga na defesa do Corinthians, os zagueiros Felipe e Edu Dracena mantêm boa relação. Segundo o titular no momento, o veterano, que chegou do rival Santos no início desta temporada, até o ajuda com conselhos:
– O Edu é tranquilo, um cara super gente boa, que me dá bastante orientação. Ele é um cara de grupo, gosta de ajudar, não fica olhando feio ou coisa do tipo, sempre esta ajudando desde quando chegou. Me dá força – comentou Felipe, ao LANCE!.
Felipe ganhou a vaga de titular neste ano com a saída de Anderson Martins. Apesar de se revezar com Edu no início do ano, ele foi titular nos jogos mais importantes do primeiro semestre, mas perdeu a posição após a queda nas oitavas de final da Libertadores para o Guaraní, do Paraguai. Contudo, o desempenho de Dracena no início do Brasileirão não agradou e o zagueiro mais novo retomou a condição de titular do Timão.
Quando o técnico Tite decidiu sacar Felipe e colocar Edu como titular, ele chamou os dois para uma reunião. O treinador faz questão de elogiar a dupla sempre que pode e manter a concorrência sadia entre os zagueiros.
- Bate-bola com Felipe, zagueiro do Corinthians, ao LANCE!:
Como o elenco recebeu a notícia de que o jogo contra o Vasco será em São Januário? O estádio pode mudar a postura da equipe?
Quem faz o jogo é a gente, então vamos sentir o jogo. Eles vão estar animados também, pois podem sair da zona de rebaixamento, mas a gente tem um objetivo, vamos entrar com sangue nos olhos. Não tem jeito, todo jogo está sendo nessa pegada!
Claramente a equipe não rendeu o que podia contra o Coritiba. Acha que o clima agora será outro?
Esse é o jogo que depende da gente só. Se vencermos, aí sim poderemos falar que somos campeões. Porém, é preciso pensar jogo a jogo, com calma.
Como está sendo controlar a ansiedade pelo título? Todo o elenco está com um discurso cauteloso...
A gente sabe que o título está perto, é claro, porque em um jogo já pode decidir, mas o Tite coloca que temos que pensar que ainda não tem nada certo. Temos que vencer ainda para sermos campeões. Por isso eu falo: ainda não da para comemorar nada.
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