Apesar de alterações ousadas, Tite vê alma como razão da virada do Timão
Treinador trocou Marlone, Cristian e Pedro Henrique por Giovanni Augusto, Danilo e André, admitiu sustos defensivos, mas foi premiado com vitória nos acréscimos contra o Coritiba
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Afeito a análises técnicas e táticas sobre o desempenho do Corinthians em busca de seus resultados positivos, o técnico Tite disse que uma razão subjetiva, até psicológica, ocasionou a vitória diante do Coritiba, neste sábado, na Arena, por 2 a 1. O Timão estava perdendo até os 44 minutos do segundo tempo, mas empatou o jogo com André, virou com Uendel e evitou a perda de uma invencibilidade que agora chega a 47 jogos em Itaquera, além de assumir a liderança do Campeonato Brasileiro. De acordo com o treinador, o elemento decisivo para a conquista dos três pontos foi a "alma" da equipe.
- Quando está 0 a 0 não precisa ser tão arrojado. Mas quando está 1 a 0 para o adversário não tinha volta... Enfiei dois homens de área, com dois de lado para chegar metendo. Em contrapartida o contra-ataque também é dado, mas Felipe é jogador de velocidade, Bruno é construtor, passador, não podia perder saída. Claro que ficou exposto, mas o jogo pedia isso - disse Tite, em entrevista coletiva após a vitória na Arena Corinthians, e antes de completar com um agradecimento inusitado a Gilmar Dal Pozzo, seu ex-comandado no Caxias e hoje técnico de futebol.
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- O Coritiba veio para o contra-ataque, e infelizmente tomamos o gol, o que traz uma carga muito forte. Mas quero agradecer a um profissional com quem troco muitas ideias táticas, o Gilmar Dal Pozzo. Ele me ensinou que dá treino só com um zagueiro rápido, com dois homens na frente, eu não queria perder poder de fogo, porque somos o melhor ataque do Brasil por percentual de gols feitos, 1,9 por jogo. Mas a bola estava passando e não tinha homem de conclusão. Tentei com Danilo... Mas lembrei do Gilmar, e enfiei os dois atacantes. Deixei um volante para sair jogando e dois homens enfiados na frente. Mas não foi só esse fator. O fator foi a alma. Jogos às 11h, dúvida na escalação do Uendel, roubadas de bola do Giovanni Augusto, espírito solidário da equipe, 80% de posse de bola, com carinho do torcedor... Falei algum tempo atrás que a torcida estava sendo impaciente. E o mesmo coração que falou isso é o coração que agradece agora, porque o torcedor acarinhou. Inclusive o André - disse o treinador alvinegro.
Tite citou diversas estatísticas após a vitória contra o Coritiba: quase 80% de posse de bola, 20 finalizações ao gol adversário, quase 700 passes certos e menos de 50 errados... Satisfeito com a liderança provisória do Campeonato Brasileiro após a disputa da sexta rodada, o treinador vê o Corinthians cada vez mais próximo daquilo que considera ideal. Um dos fatores que tem atrapalhado, porém, é o desgaste físico. Contra o Coritiba, por exemplo, Giovanni Augusto começou no banco de reservas e foi acionado no intervalo na vaga de Marlone.
Outras mudanças realizadas pelo treinador levaram a equipe ao ataque: Danilo no lugar de Cristian, aos dez minutos do segundo tempo, e André na vaga do zagueiro Pedro Henrique aos 32 da etapa complementar. Na pressão, a equipe alcançou a vitória por 2 a 1.
- É uma equipe que a bola não queima no pé, e ela vai se forjando. Mas é natural que apresse em alguns momentos, é compreensível. Aos poucos a gente se conhece como grupo, como equipe, é ensaio e erro, onde tirar a melhor produção. A equipe se torna confiante e confiável à medida em que vai encontrando resultado e desempenho - sentenciou Tite.
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