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Após choque de gestão, Duílio chega à metade do mandato no Corinthians com contas no azul

Parceria com empresas de consultoria foi fundamental para deixar quatro anos seguidos de déficit

Duílio Monteiro Alves - Corinthians
imagem cameraApós ocupar alguns cargos de direção, Duílio preside o Timão há um ano e meio (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 28/07/2022
23:25
Atualizado em 29/07/2022
06:00

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A diretoria do Corinthians comemora mais uma vitória na gestão. Nos últimos dias foi encaminhado para a aprovação do Conselho Fiscal do clube o balanço financeiro do primeiro semestre de 2022 com superávit de R$ 2 milhões.

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+ Com Fausto Vera, Corinthians chega a 16 reforços na gestão de Duílio; relembre as contratações

Como as principais fontes de receitas entram nos cofres dos clubes geralmente no segundo semestre, a tendência é que as contas corintianas terminem o ano no azul, com uma margem positiva de R$ 10 milhões, meta traçada para esta temporada.

Desde que atual administração assumiu, no início do ano passado, o Timão nunca fechou um semestre no vermelho, diferentemente do que vinha acontecendo desde 2017.

Para quebrar uma constante negativa que acontecia durante quatro anos, foi necessário um choque de gestão assim que Duílio Monteiro Alves assumiu a presidência do Corinthians.

PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO

Duílio fez parte de três das quatro temporadas deficitárias no Timão, ocupando cargo importante no futebol: a direção.

Peça importante no grupo do ex-presidente Andrés Sanchez, o atual mandatário do clube alvinegro, no entanto, precisou ‘recalcular rota’ assim que teve em mãos o poder da caneta.

Além dos anos de déficit, Duílio assumiu o Corinthians com um endividamento próximo a R$ 1 bilhão, que cresceu em quase 50% no ano anterior em que ele assumiu o clube.

Diante de um cenário de terra quase arrasada, umas das primeiras medidas do ex-diretor na presidência foi firmar parcerias com empresas que prestariam consultoria financeira e auxiliariam a direção corintiana na renegociação de dívidas, elaboração de planejamento estratégico, revisão de contratos e fomentação de novas receitas. Com isso, foram feitos acordos com a Falconi, KPMG, além do escritório de advocacia Trengrouse & Gonçalves.

A ideia de se associar com essas empresas era que os três anos da atual administração fosse guiado através de uma gestão profissional, movida estrategicamente, e não de uma forma passional que comprometesse ainda mais os cofres do Timão.

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Duílio Monteiro Alves e Vítor Pereira - Corinthians
Duílio ao lado do técnico do Corinthians, Vítor Pereira (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)

RETENÇÃO DE DESPESAS

Segundo informações obtidas à época pelo LANCE!, os primeiros diagnósticos feitos pelas consultorias mexeram muito com os membros da linha de frente, principalmente o presidente Duílio Monteiro Alves e o seu irmão, e secretário-geral do Timão, Adriano Monteiro Alves.

A partir daquele momento, uma decisão foi tomada: confiar no processo e orientações das empresas parceiras.

E o primeiro passo foi o de retenção de despesas. Para isso, qualquer entrada financeira foi vetada e os primeiros seis meses de administração de Duílio não tiveram investimentos, seja no futebol ou qualquer outra área.

A ideia era apostar nas categorias de base por dois motivos: necessidade e esperança de naquele processo gerar a promoção de atletas que trouxessem não só valores esportivos como também financeiros ao clube.

Como inicialmente as apostas do terrão não vingaram, o Corinthians precisou ir ao mercado na segunda metade do ano passado. Ainda assim, a postura corintiana foi clara: contratação apenas por empréstimo ou jogadores livres no mercado.

Para as aquisições acontecerem também foi necessária uma limpa na folha salarial. Atletas que não faziam parte dos planos da comissão técnica foram emprestados ou tiveram a quebra dos seus contratos negociadas. Até mesmo que tinham uma constância entre os titulares, mas não eram vistos como protagonistas, foram emprestados com opção de compra fixada na tentativa do clube de reduzir custos e, possivelmente, angariar receita como a venda desses ativos.

Até hoje, o Timão é bastante cauteloso na hora de ir ao mercado. Das 16 contratações na ‘Era Duílio’ apenas duas envolveram pagamento: a do goleiro Ivan, no início deste ano, e do meia Fausto Vera, na semana passada.

CONSTRUÇÃO DE RECEITAS

Possivelmente o maior desafio da gestão até o momento foi criar mecanismos para colocar dinheiro no Corinthians, além das tradicionais entradas como receitas de televisão, premiações, vendas, programas associação, bilheteria etc.

A necessidade de gerar novas receitas foi iniciativa proposta nas consultoria recebidas pela direção corintiana. Para isso, José Colagrosi foi agregado à diretoria, coordenando as pastas de marketing, comunicação e inovação do clube. 

Durante o ano e meio da gestão atual, algumas iniciativas foram colocadas em prática, como o programa de fã token $SCCP e o aplicativo Universo SCCP.

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Duílio Monteiro Alves, Roberto de Andrade e Alessandro Nunes
Roberto de Andrade e Alessandro são os 'fieis escudeiros' de Duílio no futebol do Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)

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