Na apresentação de Osmar Loss, no dia 23 de maio, o presidente Andrés Sanchez disse que o treinador não demoraria a ter um empresário e um assessor de imprensa. Passados quase três meses, porém, a previsão de Andrés ainda não se concretizou. O técnico já recebeu diversos contatos, mas acredita que ainda não precisa ter empresário e assessor.
Loss passou a ganhar mais ao ser promovido de auxiliar para técnico, após a saída de Fábio Carille. O treinador segue como funcionário CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), mas começou a receber direito de imagem do clube. Ou seja, seu vínculo com o Corinthians não tem validade e, consequentemente, nem multa rescisória.
- Não tenho contrato, sou funcionário CLT, e vou continuar sendo. Não tem data. Tivemos um acordo salarial de imagem que vai ser gerado em cima, mas meu contrato CLT segue. Não nos preocupamos com isso - afirmou Loss, em entrevista ao LANCE!.
O gaúcho de 43 anos é avesso a mídias sociais, mas passou a ter uma conta no Instagram desde o dia 27 de junho. Com 15,7 mil seguidores, o perfil é comandado pela filha Marina, que tem 14 anos e insistiu para o pai entrar no Instagram. Loss tem uma conta no Twitter, criada em dezembro de 2011 e com 14,8 mil seguidores, que atualmente está parada - a última postagem no perfil foi no dia 1º de junho.
- Eu tenho um Twitter que está bem isolado, faz muito tempo que não posto nada, tirei inclusive do meu telefone para não ter vontade de olhar o que está sendo dito. Porque antes, como era auxiliar, era um hábito. Queria ver notícia de futebol e abria no meu celular. Com uma semana como técnico, decidi abolir do meu celular, está só no meu Ipad que fica em casa, porque é muito chato, é muita gente falando, não tinha condições de olhar o que estavam falando. Querendo ou não, somos seres humanos, se eu tiver dúvida de fazer alguma coisa e começar a ler "faz tal coisa, faz tal coisa", talvez eu me convença sem ter a minha convicção. Por isso não olho mais a internet, não olho mais o Twitter. Fiz um Instagram porque minha filha ficou me enchendo o saco, mas ela que fica brincando com ele. Ela posta o que quer postar, mas antes de fazer alguma coisa tem que me mostrar. Nunca tive na vida, agora ela que ficou falando "pai, é legal" - disse o treinador.
Após ser promovido no Timão, Loss passou a receber diversos contatos de empresários e assessores de imprensa. Ele não vê necessidade de ter um estafe por enquanto, mas não descartou a possibilidade futuramente. Segundo o treinador, o assédio maior é de profissionais de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.
- Tem assédio pra caramba, mas não vejo necessidade nesse momento. Talvez quando a demanda aumentar, eu vá precisar para não perder meu foco com esses detalhes. Muitos da imprensa tinham meu telefone pessoal, mas tem sido até tranquilo, o pessoal está respeitando bastante, usando a assessoria do clube como canal. Se ficar muito maçante, com muita ligação e mensagem, vou trocar de número. Daí vai ser só a assessoria, porque ninguém vai ter esse número - comentou Loss.