No dia 3 de janeiro deste ano, Lucas Piton atuava pelo Corinthians na Copa São Paulo de Futebol Jr., no entanto, 12 dias depois, o lateral-esquerdo já estreava como titular do profissional na disputa da Florida Cup, nos EUA. A ascensão rápida da jovem promessa corintiana foi interrompida com a pandemia de coronavírus, mas a tranquilidade e o conhecimento do terreno que pisa continuam, sempre buscando melhorar com os mais experientes.
Em entrevista ao LANCE!, Piton falou, entre outro assuntos, desse meteórico início de carreira no elenco profissional, que começou já em 2019, quando substituiu seu amigo Carlos Augusto, no intervalo do jogo contra o Fluminense, pela 38ª rodada do Brasileirão, e deu assistência para Gustagol marcar o gol de honra na derrota do Timão por 2 a 1, na Arena Corinthians, em 8 de dezembro.
- Foi uma sensação maravilhosa aquela estreia. Jogar na Arena, com a torcida apoiando, fico muito grato por ter acontecido isso na minha vida. A gente sempre espera e sonha chegar ao profissional, mas realmente foi tudo muito rápido no começo do ano. Fiquei muito feliz. Foi um começo com certa dificuldade, mas acho que é normal - declarou o jovem.
Apenas 40 dias depois, contra o New York City, na Florida Cup, o lateral fazia sua estreia como titular do time de Tiago Nunes, que o "tirou" do time sub-20 que disputava a Copinha, para viajar aos EUA para realizar a pré-temporada com o elenco profissional. Ele ainda repetiria a dose contra o Atlético Nacional-COL e na estreia em jogo oficial, pelo Paulistão, contra o Botafogo-SP.
- É uma responsabilidade enorme ser titular do Corinthians. Sabemos do tamanho do clube e de suas cobranças. Mas fiquei tranquilo e sabedor de tudo que passei para chegar até aquele momento. Fiquei muito confiante.
Para sua posição, o Timão já contava em seu elenco com Danilo Avelar e Carlos Augusto, além deles contratou Sidcley, que veio por empréstimo do Dynamo de Kiev-UCR, mas por ter demorado a adquirir a melhor forma física, não teve sequência. Avelar, por sua vez, acabou lesionando o púbis e já havia virado zagueiro. E no duelo com seu amigo Carlos, levou a melhor. Apesar da concorrência tem aproveitado para absorver a experiência dos colegas.
- Eu busco aprender muito com o Sidcley e Avelar. São caras rodados, que jogam muito. Admiro e respeito os dois e a concorrência é sempre muito respeitosa. O mesmo vale para o Carlos, que é meu amigo.
Com esse destaque em pouco tempo de profissional e o potencial que já mostrava na base, não demorou muito a ser especulado no mercado europeu, principalmente na Itália, onde em breve vai conseguir emitir seu passaporte comunitário. Apesar de ser um sonho atuar no Velho Continente, não é esse o pensamento de Lucas Piton neste momento, mas sim o Corinthians.
- Acho que é um sonho de todo jogador e fico contente em saber que estou sendo reconhecido pelo meu trabalho. Mas procuro manter meu foco aqui e defender o Corinthians com muita responsabilidade. Deus sabe os caminhos que devemos seguir no nosso futuro - declarou.
Confira outros trechos da entrevista ao LANCE! do lateral-esquerdo corintiano, que foi titular em oito dos 14 jogos do clube nesta temporada:
PANDEMIA DE CORONAVÍRUS E PROJEÇÃO DO FUTURO
No começo acho que todos pensaram que seria algo rápido. Mas acho que todos estão tendo os cuidados necessários para a saúde da população e dos jogadores. Espero um retorno positivo para o Corinthians, que tenhamos grande atuações, um bom trabalho em conjunto pra gente dar alegria ao torcedor corintiano.
O QUE TEM FEITO NA QUARENTENA E DO QUE SENTE FALTA?
Aproveito pra estar com minha família, jogar vídeo-game, e fazer coisas que nossa rotina não nos permite. Além de treinar e manter minha forma e condicionamento físico. Sinto falta da nossa rotina, da convivência, do aprendizado. Estou muito ansioso pra que tudo volte ao normal.
COMO AVALIA O COMEÇO DA TEMPORADA?
Foi um conjunto de erros, mas que temos certeza que com grande trabalho e foco vamos superar. Tenho certeza que teremos um grande retorno.
UMA NOVA PRÉ-TEMPORADA AJUDARÁ O TRABALHO DE TIAGO NUNES?
Sim, o professor é muito competente e um grande profissional.