Cauteloso, Love torce por volta ’em breve’ para evitar demissões no clube
Um dos líderes do elenco do Corinthians, o atacante sabe da importância que os jogadores têm nesse assunto, porém disse ter noção de que não se pode forçar um retorno arriscado<br>
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O Corinthians não entra em campo há dois meses e meio, e sem o controle da pandemia de coronavírus no Brasil, esse período deve aumentar ainda mais. No entanto, clube e jogadores permanecem com o discurso de volta somente com cautela e sabem que serão meses intensos. Um dos líderes do elenco, Vagner Love apóia essa ideia, e torce para que tudo seja sanado em breve para que possam ajudar a evitar que funcionários do clube sejam demitidos.
Em live com sua assessoria de imprensa, na última quinta-feira, o atacante se mostrou consciente em relação ao momento financeiro que todos os setores do país vive, dos riscos que uma volta precoce pode provocar e de como ele e seus companheiros podem ter papel fundamental em tudo isso.
- A gente sabe que neste momento das dificuldades que todo mundo está enfrentando, não só os funcionários do Corinthians, mas também os funcionários de qualquer outra empresa, talvez perdendo emprego, ficar sem receber, enfim, eu tenho certeza que nós jogadores estamos sendo afetados, mas não tanto quanto os funcionários de outros clubes ou empresas.
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Love foi um dos atletas que lideraram as negociações com os dirigentes, cujo resultado, em comum acordo, foi a redução de 25% dos salários em carteira por pelo menos um mês. Entre as contrapartidas exigidas pelo elenco, estava o pedido que nenhum funcionário fosse demitido diante daquela tratativa. Perto de uma nova rodada de conversas com os jogadores, porém, o clube decidiu que precisará fazer cortes em alguns departamentos para enfrentar a crise.
- Eu fico feliz de o Corinthians até agora não ter mandado nenhum funcionário embora. Espero que isso continue e que a gente possa voltar ao futebol para ajudar essas pessoas a não perderem seus empregos - declarou o camisa 9.
Embora saiba que é preciso que o futebol volte para que a crise financeira não afete ainda mais pessoas envolvidas no esporte e em outras atividades, Vagner não pensa em apoiar um retorno sem que as autoridades liberem as atividades com toda a cautela necessária para se evitar o contágio. Só assim, para ele, seria possível retomar a rotina normal no CT Joaquim Grava e nas competições.
- A gente concorda em voltar, que volte o futebol com certeza, que volte todo mundo a trabalhar, mas com tudo adaptado, como tudo organizado, com as medidas cabíveis corretas para que essa pandemia não se alastre novamente e nosso país não pare de novo. Então que a gente tome todas as cautelas para que isso possa acontecer em breve e a gente possa voltar a nossa rotina diária.
Por parte do Corinthians, não há no momento qualquer intenção de se forçar uma volta, pelo contrário, a ideia é aguardar que a pandemia seja controlada antes de debater o tema. Por outro lado, quanto mais a quarentena for prolongada, mais haverá a necessidade de se fazer ajustes nas despesas. Por isso a decisão de enxugar alguns departamentos, cortando funcionários e até mesmo dissolvendo esportes amadores e dispensando atletas da base.
Com o elenco profissional estava prevista mais uma conversa para tratar de redução salarial. A tentativa de um corte maior nos salários não estava descartada, no entanto, com as demissões, que podem acontecer em breve, há o entendimento de que isso travaria as negociações com os jogadores, já que a tendência é de as prováveis dispensas de funcionários serem interpretadas como um quebra de acordo, dificultando os objetivos dos dirigentes.
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