‘Bob Marley corintiano’ colhe dicas para jogar na lateral e fala ao L!: da mudança de vida ao sonho de adoção

Volante Paulo Roberto descobre sua versatilidade aos 30 anos e será substituto de Fagner a partir desta quarta-feira, contra o Vasco. Ele tem sido apoiado por vídeos e dicas da função<br>

imagem camera(Foto: Daniel Augusto Jr)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 06/06/2017
18:50
Atualizado em 07/06/2017
06:00
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A vida de Paulo Roberto da Silva mudou completamente em 2017, e ele mesmo concorda com a afirmação. "É um ano de realizações", diz. Primeiro, a notícia de que jogaria por pelo menos uma temporada no Corinthians. Depois, a segunda gravidez da esposa Bárbara. E então ainda vieram a participação na final do Campeonato Paulista e agora a perspectiva de uma sequência de três jogos como titular sob o comando do técnico Fábio Carille.

Aos 30 anos, em boa fase pessoal e profissional, o camisa 28 do Timão descobriu sua versatilidade e jogará como lateral-direito durante a ausência de Fagner, que está com a Seleção Brasileira, e Léo Príncipe, que trata uma lesão. Na véspera da "estreia" na nova posição, contra o Vasco, o volante atendeu o LANCE! e falou mais sobre sua preparação para este desafio. E muito mais...

'Nunca joguei como lateral. Já joguei como segundo volante saindo um pouco mais pela direita, mas é muito diferente, porque é linha de três volantes, então você atua do meio para frente. Como lateral eu faço do meio para frente, mas também tenho que marcar, o que talvez seja mais importante', diz o jogador, ao L!

- Eu fico muito feliz por ser titular do Corinthians, mesmo não sendo minha posição. Uma sequência é tudo que eu precisava e pretendo ajudar da melhor maneira possível. Estou muito feliz, venho treinando há duas semanas e tenho certeza que vou dar conta do recado - diz Paulo Roberto, que contou com três ajudas principais na sua preparação: orientações de Carille, observação de vídeos de Fagner e conselhos de Fabinho, ex-volante e hoje auxiliar técnico do Corinthians.

- Ele era volante e jogou de lateral em alguns momentos da carreira, então me ajudou muito nisso. Porque quando a bola está do lado contrário você tem que fechar a linha de quatro, mas não fechar tanto como o volante fecha. É uma dificuldade que eu estava tendo, estava muito junto com o zagueiro e tenho que fechar, mas não tanto. Como sou volante é uma coisa meio que tendenciosa eu fazer. Então o Fabinho me deu muitos toques, facilitou muito o jogo para mim. Não é à toa que fui escolhido para a posição. Já estudei, agora falta a prova - brinca o otimista volante, apelidado nos bastidores de "Bob Marley do Timão". Como assim?

Mudança de visual causou "racha" com Kazim

Novo cabelo rendeu apelidos entre os colegas (Foto: Daniel Augusto Jr)

Recentemente, Paulo Roberto passou por uma mudança importante no visual: abandonou o corte de cabelo comportado e apostou em dreadlocks, no estilo rastafári. Como não poderia deixar de ser, o assunto virou zoeira nos bastidores do Corinthians e rendeu vários apelidos ao volante recém-chegado: Bob Marley, Davids, Tinga... Depois de alguns dias, todos se acostumaram com a novidade. Mas Paulo não esqueceu de uma zoeira em especial.

- Eu não cortei porque tive bastante personalidade, porque as brincadeiras foram pesadas. Fellipe Bastos zoou, Balbuena... muitos. O Kazim é de família rasta, então achei que fosse um cara que ficaria do meu lado, mas ele ficou contra mim. Nem ele perdoou, me zoou muito - diz Paulo Roberto, que agora vê tudo com mais bom humor.

- Foram brincadeiras bacanas, um momento em que fiquei um pouco envergonhado, mas hoje está tranquilo. Foram brincadeiras válidas, sadias. Até porque tem penteado muito mais feio que o meu... Olha o Marciel, o Moisés, corte indefinido, o Camacho, que corta o cabelo a cada três meses, nunca vi isso. Nosso grupo é muito bacana por isso, a gente sabe brincar e receber brincadeira, não tem melindre, e isso deixa o nosso grupo forte.

Plano é de aumentar a família com adoção

Barbara (e Liz), Valentina e Paulo (Foto: Reprodução/Instagram)

Paulo Roberto já é pai de Valentina, de dois anos e meio, e espera Liz, que tem seis meses de gestação. Antes da primeira filha nascer, enquanto ele e a esposa Bárbara enfrentavam dificuldades para engravidar, o casal decidiu que adotaria uma criança órfã. Eles chegaram a visitar um orfanato em Florianópolis, onde residiam, mas pouco depois a mulher conseguiu engravidar e eles se dedicaram à gestação de Valentina. Agora, veio Liz. Mas o plano não foi esquecido.

- Sempre quisemos ter uma criança adotada na nossa família e isso em algum momento vai acontecer. Quando minha segunda filha tiver uns três ou quatro anos, pensamos em adotar, sim. Talvez até antes - explica o jogador, que tem lembranças ao mesmo tempo duras e felizes da visita ao orfanato.

- As crianças estão ali para serem escolhidas e você vê a alegria quando veem você entrando para levar um brinquedo ou mesmo dar um abraço. Quando você vai embora e as crianças percebem que não serão levadas, que não vão com você, é triste, porque elas começam a chorar e você fala que vai embora, mas fica mais um pouco. É delicado, porque você não está indo num comércio escolher um produto, você está tratando com crianças. Mas quem tiver oportunidade, poder, de ir lá e adotar uma criança é bacana. Mesmo que seja só visitar um orfanato... porque essas crianças precisam de carinho, é legal você ir lá dar um abraço, levar um presente. Quando você está lá é alegria total.

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