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Briga, rumores e agressões: os bastidores da votação do impeachment no Corinthians

Veja detalhes da sessão para afastar Augusto Melo da presidência do Timão

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imagem cameraRomeu Tuma Jr. e Augusto Melo discutiram durante votação (Foto: Reprodução/X/Identidade Corinthiana)
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Ulisses Lopresti
São Paulo (SP)
Dia 21/01/2025
05:25
Atualizado há 1 hora

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Pela segunda vez, a convocação do Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians para votar o impeachment de Augusto Melo da presidência terminou sem uma definição. Nesta segunda-feira (20), o órgão se reuniu no Parque São Jorge, chegou a votar admissibilidade do rito, mas suspendeu a decisão.

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➡️ Conselho do Corinthians suspende votação do impeachment para a próxima semana

Com a primeira chamada marcada para às 18h (de Brasília), a votação, dividida em duas etapas, foi interrompida por diversas vezes e a primeira parte só terminou por volta das 23h. Após a aprovação do rito de admissibilidade, que permitia que o processo seguisse, Romeu Tuma Jr., presidente do CD, se baseou no artigo 85 do estatuto do clube para suspender o pleito.

"O CD poderá manter-se em sessão permanente, por motivo de relevância para os interesses do Corinthians desde que a metade mais um de seus componentes presentes o aprove"

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Seguindo o artigo citado acima, Romeu Tuma Jr. decidiu interromper a votação com a alegação de que muitos conselheiros, principalmente os vitalícios, precisavam deixar a sessão. A remarcação será feita a partir da próxima semana.

Briga entre Romeu e Augusto Melo

O presidente do clube e o presidente do Conselho Deliberativo protagonizaram uma forte discussão durante a primeira tentativa de votar a admissibilidade do processo de impeachment. Segundo interlocutores presentes na votação, Romeu Tuma Jr. determinou que a votação fosse realizada por aclamação, com os presentes se levantando caso concordassem com o prosseguimento da sessão. A decisão gerou indignação entre os apoiadores e no próprio Augusto Melo, resultando em uma troca de acusações, e xingamentos, entre ambos. Diante da confusão, a votação foi interrompida.

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Segundo membros da oposição, a decisão de Romeu Tuma Jr. estava respaldada pelo artigo 13 do estatuto, que determina que a votação pode ser realizada de forma nominal, por aclamação ou de maneira secreta, ficando a decisão final a cargo do presidente do Conselho Deliberativo (CD). Em 2015, Roberto de Andrade, então presidente do Corinthians, enfrentou um processo de impeachment que foi encerrado nesta mesma etapa.

Após uma hora de interrupção para que os ânimos fossem acalmados, posição e oposição decidiram que os votos seriam feitos de forma secreta, com a assinatura dos conselheiros. Ricardo Cury, advogado de Augusto Melo, ajudou Romeu Tuma Jr. a contabilizar os votos. No fim do processo, haviam 13 pessoas para votar e apenas cinco cédulas disponíveis, o que gerou uma nova interrupção.

Com novas cédulas, a votação, enfim, terminou. Na hora de conferir, a contagem de Ricardo Cury contava dez votos a menos que Romeu Tuma Jr., o que exigiu mais uma checagem. As partes chegaram a um consenso e a admissibilidade foi aprovada por 126 a 114.

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Augusto Melo e Romeu Tuma Jr. discutiram durante votação (Foto: Reprodução/X/Identidade Corinthiana)

'Terá policiamento?'

Adentrando a madrugada, era a hora então de começar a votação pelo afastamento, ou não, de Augusto Melo da presidência do Corinthians. A Polícia Militar foi chamada para fazer a segurança da sessão e fizeram um cordão de isolamento para separar torcedores, pró-presidente, do clube.

Restando poucos minutos, uma dúvida pairou. Boatos diziam que o policiamento deixaria o local. Autoridades da corporação ouvidas pelo Lance! negaram essa possibilidade, mas o clima, que já não era ameno, virou de preocupação.

O rumor afastava ainda mais conselheiros da votação, que já estavam descontentes por estar tarde, e a ideia de remarcar a sessão ganhou mais força.

Corinthians Parque São Jorge Impeachment
Polícia esteve no Parque São Jorge (Foto: Ulisses Lopresti/Lance!)

Brigas e trocas de acusações

Na saída, torcedores intimidaram conselheiros. Marcelinho Mariano, envolvido no caso Vai de Bet, e Sergio Janikian, foram agredidos na saída do Parque São Jorge. Augusto Melo teve que ser escoltado por seguranças e Romeu Tuma Jr. foi diversas vezes ameaçado por pessoas presentes no local.

Na saída, Augusto Melo disparou contra Romeu Tuma Jr. e escancarou uma briga que, por muitas vezes, surgia de maneira amena. O presidente do Corinthians chamou o opositor de 'ditador'.

— O que prejudica é ter um presidente do Conselho igual o Romeu Tuma, um cara totalmente imparcial. Está trabalhando para eles (oposição), advogando em causa própria. Um cara que não deixou a gente se defender, é um ditador — disse o dirigente.

Mais tarde, Romeu Tuma Jr. se defendeu das acusações, lamentou a postura de Augusto Melo e reafirmou que seguiu as diretrizes do estatuto do Corinthians.

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— Enfim, eu lamento, prefiro nem responder, porque, assim, democraticamente, a gente fez todo um trabalho, todo mundo que acompanha sabe que foi dado todo o direito de defesa, a própria Justiça falou sobre isso no processo. Só tenho a lamentar a postura dele como presidente do Corinthians - finalizou.

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