Casa própria, centenária, recordista e campeã: Corinthians ‘exorciza’ Arena
Maior público da história da Arena Corinthians acompanha empate com a Ponte Preta que rende o 28º estadual. Eliminações? Dívidas? Com o Timão campeão, assuntos secundários
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Palco da entrega da taça do Campeonato Brasileiro de 2015, a Arena Corinthians aproveitou a fria tarde deste domingo para acabar de uma vez com a recorrente discussão dos últimos dias: afinal, o Timão já foi campeão em Itaquera? Foi sim. E a festa do maior público da história do estádio foi impressionante.
Em sua centésima partida na Arena inaugurada em maio de 2014, o Corinthians empatou com a Ponte Preta por 1 a 1, confirmou a vantagem obtida no jogo de ida, no estádio Moisés Lucarelli, e soltou o grito de "É campeão!" preso na garganta nas últimas eliminações. Com o 28º título do Campeonato Paulista, o Timão exorcizou os fantasmas das seis quedas em Itaquera, evocou as lembranças das sete classificações e ergueu a tão desejada taça estadual.
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As 46.662 testemunhas do título corintiano fizeram bonito. A chegada ao estádio já foi em clima de confiança. Fotos com a estátua de Sócrates, o símbolo gigante do Setor Oeste, os ídolos que circulavam pelo estádio. Bebidas e risadas no Esquenta da Fiel, na resenha pré-jogo, na cerveja do lado de fora - nem o cerco permitindo entrada só de quem tivesse ingresso atrapalhou a festa. Teve bandeirão escrito "Fé Alvinegra", que substituiu o mosaico (por que foram proibir, gente?) e teve bandeirinha distribuída aos torcedores, o que criou um efeito visual bem legal. Teve pizza, hambúrguer, selfie e acima de tudo, teve festa. E ainda mais acima de tudo, teve título.
Apesar da confiança desde o fim do jogo da semana passada, o nervosismo do corintiano era natural. Ninguém sabia o que esperar da Ponte: vai atacar sem freios? E se fizerem um gol no comecinho? E se o Corinthians repetir as poucas más atuações do Paulistão? E se... Não teve nada disso. "Vamos, vamos meu Timão", "Todo Poderoso Timão", "Teremos que ganhar"... Nesse ritmo, o Corinthians administrou a vantagem e conquistou a torcida em lances específicos: bola na trave do primeiro tempo e especialmente no gol de Romero, já na etapa complementar. Era o que faltava.
Depois de campeão paulista, não havia mais nada: traumas de eliminações, festas de classificações, setores vazios, públicos em queda ano passado, denúncias de corrupção, pagamento das parcelas, elitização... só assuntos secundários. Porque agora o Corinthians é campeão em Itaquera.
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