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Corinthians vai ser denunciado no STJD e investigado pela CBF por cantos homofóbicos em clássico; Timão pode até perder pontos

Reincidente, Corinthians foi acusado em súmula da arbitragem do Majestoso deste domingo

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imagem cameraCalleri, do São Paulo, durante partida de 2022 em que Corinthians foi denunciado pelo STJD (Foto: Rubens Chiri/SPFC)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 15/05/2023
17:56
Atualizado em 15/05/2023
21:40

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O Corinthians corre sério risco de sofrer punições por conta dos gritos homofóbicos proferidos por seus torcedores no empate em 1 a 1 com o São Paulo, no último domingo (14), em Itaquera, pelo Campeonato Brasileiro.

A CBF confirmou ao LANCE! que encaminhará ao pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) a súmula do árbitro carioca Bruno Arleu de Araújo, em que é relatada a paralisação da partida por cerca de cinco minutos para que as ofensas de teor sexual por parte dos corintianos contra os jogadores são-paulino. Durante a paralisação, os telões da Neo Química Arena exibiram uma mensagem reforçando sobre a proibição deste tipo de manifestação preconceituosa.

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Em nota, a entidade máxima do futebol ainda reiterou que sua Comissão de Ética e Diretoria de Conformidade e Compliance também investigarão o caso. Além da súmula, a promessa é de 'quaisquer outros dados colhidos sobre o assunto para as devidas providências. Inclusive na esfera pública, se for cabível.'

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O time do Parque São Jorge é reincidente nesse tipo de denúncia. Em junho do ano passado, o Timão foi denunciado pelo STJD por arremesso de objetos no gramado, além dos gritos homofóbicos. Condenado, conseguiu um acordo para pagamento de R$ 40 mil.

A mudança para essa edição do Brasileiro, contudo, aconteceu em fevereiro, quando a CBF implantou o seu atual Regulamento Geral de Competições, que prevê penas mais duras para casos não só de ataque à orientação sexual, mas também racismo. Na ocasião, a entidade máxima do futebol brasileiro estabeleceu que o objetivo era o de encerrar até mesmo apelidos pejorativos com rivais, como acontece agora em Corinthians e São Paulo.

No documento estabelecido, a CBF prescreve quatro tipos de punições para casos de homofobia no futebol: advertência, multa de até R$ 500 mil, com o valor a ser revertido em prol de causas sociais, impedimento de registro e transferências de atletas e perda de pontos.

O STJD também mudou seu regimento e prevê penas mais duras. Para atletas, ou integrantes do clube, que praticarem tais ações, a entidade estabelece suspensão de cinco a dez partidas. Para pessoas não envolvidas diretamente com o clube (torcida), a punição é de suspensão pelo prazo de 120 a 360 dias, além de pagamento de multa, que varia de R$ 100 a R$ 100 mil.

O Corinthians se pronunciou sobre o ocorrido por meio de nota.

- O Corinthians volta a repudiar veementemente os cantos homofóbicos relatados na súmula do jogo deste domingo (14/5). Como sempre, o clube alerta continuamente sua torcida, por meio de suas redes sociais e do sistema de som e de telões da Neo Química Arena, com esclarecimentos aos torcedores quanto a ilegalidade dessas condutas. E mais uma vez insistimos com nossa Fiel Torcida para que cessem com atos como esses em nossa arena - publicou o clube.

No dia do jogo, o São Paulo não procurou a Polícia Civil para fazer registro criminal do ocorrido. E o presidente Julio Casares espera que as providências devidas sejam tomadas.

- Os fatos foram relatados pelo árbitro pela súmula e espero que a CBF tome as medidas cabíveis com base no que for documentado.

- Informo que aos 18 minutos do 2º tempo paralisei a partida por 2 minutos devido a gritos homofônicos (seria homofóbicos) da torcida "vamos Corinthians, dessas bichas teremos que ganhar". Sendo informado no som e no telão do estádio para que os gritos cessassem. Mesmo assim, a torcida continuou gritando efusivamente. E após os gritos cessarem, a partida foi reiniciada. Fato esse comunicado ao delegado da partida e ao chefe do policiamento - escreveu o árbitro Bruno Arleu na sumula do Majestoso. 

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