Corintiano detido na Arena alega ter sido agredido por PMs em ‘salinha’
Rogério Lemes, detido após criticar o presidente Jair Bolsonaro, teria sido agredido dentro de sala na Arena Corinthians por policiais. Ele registrou denúncia na Ouvidoria da Polícia<br>
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O torcedor corintiano Rogério Lemes registrou uma denúncia na Ouvidoria da Polícia do Estado nesta quarta-feira (7). Ele afirma ter sido agredido em uma das salas da Arena Corinthians antes de ser conduzido ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), após ser detido por, segundo a vítima, ter ofendido o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. O episódio aconteceu antes do clássico entre Corinthians e Palmeiras, no último domingo. As informações são do jornal 'Folha de São Paulo'.
De acordo com a publicação, o torcedor afirmou que permaneceu durante o primeiro tempo do dérbi no que define como 'salinha do terror'. Na denúncia, o corintiano afirma que, ao gritar pela quinta vez contra Bolsonaro, um policial o abordou. "No mesmo momento, um outro policial militar o agarrou por trás, aplicando um mata leão, o que o fez cair, já quase desfalecendo, quando foi algemado de forma que machucou seus pulsos”, conta o texto.
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Lemes, que tem uma prótese no fêmur, relatou ter sido derrubado pela polícia já dentro da sala, antes de ser levado ao Jecrim. Segundo ele, os policiais ironizavam: “Você não é o valentão? Você não gosta de ofender o presidente?”. O torcedor completa dizendo que “nunca imaginaria que houvesse uma dependência, certamente de conhecimento de todos, cuja finalidade remonta aos piores anos da ditadura militar. Estou indignado”.
A Ouvidoria enviou a denúncia à Corregedoria da Polícia Militar. Cabe ao órgão a decisão de realizar ou não o pedido para assumir a investigação do caso, por crimes de agressão e abuso de autoridade. A decisão deve ser tomada nos próximos dias.
Na última terça-feira (6), o Corinthians repudiou a detenção do torcedor em nota oficial publicada no site do clube. "O clube historicamente reitera seu compromisso com a democracia e a defesa do direito constitucional de livre manifestação, desde que observados os princípios da civilidade e da não violência", diz parte da nota.
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