Corintianos fazem protesto e cobram explicações de Andrés Sanchez
Aproximadamente mil torcedores estiveram na frente do Parque São Jorge na noite desta sexta reivindicando prestação de contas da atual diretoria do Timão
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Insatisfeitos com a gestão do presidente Andrés Sanchez, pouco mais de mil corintianos promoveram um protesto pacíficio na frente do Parque São Jorge na noite desta sexta. Os torcedores reivindicaram transparência na prestação de contas do clube, redução dos preços praticados na arena de Itaquera e explicações sobre a venda de jogadores do elenco profissional.
O protesto durou pouco mais de uma hora e não houve nem um incidente sequer. Com bandeiras, sinalizadores e gritos de guerra ensaiados, todas as organizadas do clube participaram da reivindicação, que também cobrou uma postura mais firme do Conselho Deliberativo sobre a gestão de Andrés.
De acordo com Rodrigo Gonzalez Tapia (Digão) - presidente da Gaviões da Fiel, a principal torcida organizada do Corinthians - houve um encontro no início desta semana com a atual diretoria para esclarecer alguns pontos considerados importantes, como as contas da arena e a participação de empresários nas negociações feitas pelo clube, mas nenhuma resposta foi dada.
- Fizemos pautas com eles solicitando transparência nas contas, e isso, até agora, não foi mostrado. Pedimos que eles se pronunciassem na quinta-feira, não para os Gaviões e para a torcida organizada, mas para a torcida do Corinthians. E não foram mostradas essas contas. O que nós queremos é transparência. Enquanto o nosso presidente não mostrar essa transparência, toda semana a nossa torcida organizada vai estar aqui representando 35 milhões de corintianos. A nossa ideia é essa - explicou Digão, prometendo jogo duro com o presidente do clube de Parque de São Jorge.
Disputando o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Copa Libertadores, o Corinthians perdeu nomes importantes de seu elenco nesta janela de transferências. O paraguaio Balbuena foi para o West Ham, o meia Rodriguinho assinou com o Pyramids, do Egito, e o lateral SIdcley foi jogar no futebol ucraniano.
Apesar de reconhecerem a dificuldade do clube em segurar os jogadores nesta janela do meio da temporada, os líderes das organizadas pedem explicações da diretoria sobre o destino do dinheiro arrecadado.
- Essa parada do futebol, eu até entendo porque não é só no Corinthians. Vêm com um caminhão de dinheiro e levam o jogador mesmo. Na verdade, o clube não consegue segurar. É o jogador que quer ir. Mas a nossa pauta mesmo é mostrar o que está acontecendo no clube. Não é só porque os jogadores estão indo embora. Queremos saber o que está acontecendo no clube: as contas da Arena, as dívidas que têm no clube. Nossa indignação é só essa - explicou Digão aos jornalistas que acompanhavam o protesto no Parque São Jorge.
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