Amigos, familiares e advogados de corintianos presos preventivamente no Rio de Janeiro se mobilizam a fim de provar a inocência deles na briga entre policiais e torcedores no Maracanã, no domingo. Ao todo, 31 homens estão no presídio de Bangu, mas entre eles há quem diga que nem estava dentro do estádio quando a confusão se iniciou, antes da partida contra o Flamengo. Para provar a inocência, eles recorrem a fotos, vídeos e até registro de ligações.
É o caso, por exemplo, de André Tavares, que ganhou destaque nas redes sociais com uma campanha para a sua libertação. Há imagens que o mostram fora do Maracanã minutos antes do início da briga.
Outros detidos, como Wagner Vinicius Ferreira e Lucas Uanderson, não têm fotos para as defesas, mas irão recorrer a outros métodos, como explica o advogado deles, Rafael Faria:
– Vamos pedir diligência para que as operadoras de telefonia mostrem que ele estava fora do estádio. É possível rastrear onde eles estavam. O Wagner chegou a ligar para amigos de fora do Maracanã avisando que estava atrasado – disse, ao LANCE!.
- Nem sequer caberia à defesa fazer a prova negativa, o Ministério Público teria de provar que estes torcedores estavam lá. De qualquer forma, já ocorreu prejuízo enorme à vida dos inocentes presos - completou o advogado.
Há diversos vídeos da briga que permite identificar os agressores. Os detidos e seus defensores pretendem também recorrer a eles.
Na última quarta-feira, o advogado Valter Nunhezi Pereira impetrou um habeas corpus pedindo para que os presos respondam ao processo em liberdade.
Os corintianos foram indiciados por lesão corporal, dano qualificado, resistência qualificada à ação policial, promover tumultos em eventos esportivos e associação criminosa.