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CRÔNICA: o homem que ergueu Corinthians para o mundo ver

Freddy Rincón faleceu na madrugada desta quinta-feira (14) e deixou órfão toda nação corintiana

Rincón Título Mundial Corinthians - 2000
imagem cameraRincón foi o primeiro jogador a levantar um troféu de Mundial pelo Corinthians (Foto: AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 14/04/2022
04:50

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Todo mundo quer ter o mundo em suas mãos. Mas erguê-lo no maior palco do futebol mundial, somente Freddy Rincón.

E precisava ser ele o capitão do primeiro título mundial corintiano, na primeira vez que a competição foi organizada pela Fifa.

Freddy chegou ao clube alvinegro com uma bagagem imensa, que só fez tornar leve aquele Timão. Fazendo jus ao aumentativo somente quando Rincón assumiu o leme e capitaneou o barco.

E nunca mudou. Foi o mesmo Rincón que antes vestiu a ‘cor proibida, é bem verdade, mas que nunca teve espírito de porco para engolir os sapos, quando ainda estava verde no futebol brasileiro.

E na terra de Palmeiras, para Freddy não cantavam sabiás. A ave era outra. Mas Rincón descobriria isso mais tarde. Antes do que nunca. Eterno do que sempre.

Se tentou mais de uma vez dar cor a Freddy, mas se esqueceram que era em alvinegro a combinação perfeita para aquele jogador, que não se contentou apenas em conquistar São Paulo e todo o Brasil por duas vezes, mas também tinha que ter o mundo em suas mãos. E o levantou em preto e branco.

No ano em que Nicodemos dizia que o mundo iria acabar, ele apenas parou. E para toda uma nação. Aquela que sabia ser Fiel. E foi. Até mesmo quando, 10 anos antes, o Corinthians nem o Brasil tinha conquistado. E naquele momento, era mundial.

E seguiu Fiel. Porque a fidelidade corintiana faz parte do DNA.

No dia 14 de janeiro de 2000, Freddy Eusébio Gustavo Rincón Valencia deu a mão para cada corintiano, abraçou e viajou com eles ao céu. Era o ponto mais alto que todos poderiam chegar. Ser Gavião. Levantar a taça, com muito orgulho, para delírio da Fiel.

Era o gesto maior que o futebol poderia proporcionar. Erguer o mundo na palma das mãos. E levantar consigo toda uma nação. Imagem que não morre, bem como legado. E que fazem de pessoas imortais, ainda que a vida seja efêmera.

Agora vai, Rincón. Vai com Deus. E, para sempre, VAI, CORINTHIANS!

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