De filho para pai, Roni fala sobre conselhos e inspiração em Giuliano no Corinthians
Cria da base corintiana colocou o companheiro de time em um patamar de incentivador que só está atrás do pai e familiares
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São nove anos que separam os meias Roni e Giuliano, do Corinthians. E se na teoria são só números, na prática isso significa muita experiência de vida e carreira. Ao mais experiente, como é Giuliano, fica a escolha de guardar os ensinamentos para si ou passar. E no caso do camisa 20 corintiano a opção é levar adiante. E isso tem sido absorvido por Roni.
Já tem virado praxe o garoto, que é cria da base do Timão, falar com muito carinho do seu companheiro mais velho. Na noite da última terça-feira (24) os dois atuaram juntos durante o segundo tempo da vitória por 2 a 1, de virada, do clube alvinegro sobre o Guarani, pela quarta rodada do Paulistão. Roni entrou próximo aos 30 minutos de jogo, no lugar de Maycon, que deixou o campo contundido. Já Giuliano voltou para o segundo tempo após o intervalo, substituindo Du Queiroz.
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O mais velho participou da jogada do segundo gol, marcado por Fábio Santos, pois cruzou para a bola ser desviada no meio da área por Yuri Alberto e encontrar o lateral corintiano. Já o mais novo não esteve presente de forma tão ativa em lances de gols, mas se destacou principalmente pelo seu empenho defensivo.
Ser aplicado, estar sempre dedicado ao time e sem reclamar, são características que Roni tem adquirido ao observar a conduta de Giuliano no corintiano do CT Joaquim Grava.
- Deu muitos conselhos, mas é mais modelar a pessoa, ver como ela se comporta, vê como ela faz. É como você ter um pai, vê as coisas que ele faz e, ao invés de falar, você vê o que ele faz e vai fazer. É um cara sensacional, me ajuda muito dentro e fora de campo. É difícil falar do cara porque é embaçado - destacou Roni na zona mista após o triunfo sobre o Bugre - destacou o camisa 29 durante a zona mista após o duelo contra o Guarani.
A relação é de tanta inspiração que Roni considera o companheiro de clube o seu maior incentivador, com exceção da família.
- Difícil falar do Giuliano, um cara que me ajudou muito. Em toda a minha vida, tirando o meu pai e a minha família, foi a pessoa que mais me ajudou como pessoa e profissional. Eu não tenho muito o que falar, um cara sensacional, mudou a minha mentalidade, me ajudou nos treinamentos, tem me ajudado fora de campo e é um grande profissional. É um mentor para mim, já passou o que eu tô passando, tá me ensinando e eu tô tentando aprender o máximo possível com ele - destacou Roni.
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SEQUÊNCIA PELO TIMÃO
O principal objetivo de Roni é ter uma sequência de jogos em 2023. Ainda que não tenha ganho uma chance entre os titulares, a prata da casa entrou nos quatro jogos do Corinthians na temporada até aqui. Agora, com as possíveis ausências de Cantillo e Maycon no clássico contra o São Paulo, neste domingo (29), ele pode ganhar uma oportunidade de começar jogando. A dupla deixou o duelo contra o Bugre com problemas físicos e pode ser desfalque no Majestoso.
- Pezinho no chão, continuar trabalhando e está nas mãos do professor, se ele precisar eu estou aí. Estou aqui pelo Corinthians - disse o meio-campista, desconversando sobre a possibilidade de começar o clássico contra o Tricolor do Morumbi.
Neste ano, o técnico Fernando Lázaro tem usado um esquema de jogo diferente dos anteriores, com quatro jogadores no meio-campo se desenhando em um losango - um volante, dois meias mais abertos e um armador. Roni é volante de origem, mas tem claro que atuará onde o técnico quiser.
- Aí tá nas mãos do professor. Onde precisar jogar, eu vou jogar, tô aqui pelo Corinthians. Se tiver que dar carrinho de cabeça, eu vou dar para ganhar o jogo. O que tiver que fazer, eu estou disponível - disse Roni, remetendo ao carrinho que deu de cabeça, mesmo no chão e com o perigo de ter recebido um chite no rosto, no jogo contra o Água Santana, na semana passada - destacou a cria do Terrão, que acredita que vive o seu melhor início de temporada.
- Difícil falar, ainda tá começando, manter o pé no chão, continuar trabalhando. Mas acredito que sim, porque das outras vezes eu acabei machucando e isso acabou me atrapalhando. Continuar trabalhando, vamos ver porque é só o começo. Pezinho no chão e vamos trabalhar porque tem muito pela frente - analisou.
Roni está na sua quarta temporada como profissional corintiano. Já são 79 jogos e quatro gols marcados. Ele ainda não conquistou títulos no time de cima, já que foi integrado no segundo semestre de 2019, após a conquista do Paulistão pelo clube alvinegro. O Estadual em questão foi a última taça vencida pelo Time do Povo.
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