Para o Corinthians, a partida deste domingo contra o Sport às 17h na Ilha do Retiro pode não ter muita importância, afinal o time já garantiu o heptacampeonato brasileiro. Para alguns garotos que terão chance com Fábio Carille, no entanto, o duelo será como uma final de campeonato. Um deles é Rodrigo Figueiredo, meia de 19 anos que carrega em sua breve trajetória o peso de já ter sido comparado a Sócrates, um dos maiores ídolos da história alvinegra.
Confirmado por Carille, Figueiredo fará sua primeira partida como titular do Corinthians. A estreia foi há duas semanas, na derrota de 3 a 0 para o Flamengo, quando entrou no segundo tempo e teve atuação discreta. Desta vez, porém, ele espera se destacar para mostrar ao comandante que pode ser útil em 2018. Mas nada de comparação com o Doutor...
- Quem fez essa comparação foi meu empresário (Wagner Ribeiro), talvez porque ele achou o estilo de jogo parecido. Mas no momento é melhor deixar isso de lado. Quero ser reconhecido pelo que eu fizer - afirmou Rodrigo Figueiredo, em sua primeira entrevista antes de estrear como titular do Timão.
O garoto faz mesmo questão de afastar a comparação com o ídolo. Tanto que, ao ser incentivado por um repórter a dizer se comemoraria gol com o braço erguido, como fazia Sócrates, ele se esquivou:
- Não, isso era uma coisa dele. É melhor eu comemorar do meu jeito - afirmou, em tom bem humorado.
Para ser reconhecido, Figueiredo terá a missão de municiar o ataque do Corinthians, que será totalmente reserva na partida em Recife. Carille aproveitou a última rodada para fazer observações e antecipou as férias da maioria dos titulares. Assim, o jovem meia de 21 anos terá à sua frente o também da base Pedrinho, o experiente Giovanni Augusto e o turco Kazim, substituto de Jô.
Destaque do Terrão, Figueiredo sabe que sua principal missão é encontrar os companheiros em boas condições para marcar, mas também quer chegar com força no ataque. Arrisca um calcanhar, como Sócrates? Quem sabe...
- Ah, se pintar ali a gente tenta - brincou o garoto.
Comparações à parte, a bola agora está com Rodrigo Figueiredo, que ainda tem um longo caminho a cumprir para ter o reconhecimento da Fiel. Sem pressão por resultado, a Ilha do Retiro pode ser o ponto de partida.