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Eleição no Corinthians: Entenda o cenário político do pleito presidencial

Sócios do Timão elegem, neste sábado, um novo presidente para o clube. Augusto Melo, Duílio Monteiro Alves e Mário Gobbi estão na disputa, que já começou faz tempo

Montagem - Augusto Melo, Duílio Monteiro Alves e Mário Gobbi
imagem cameraAugusto Melo, Duílio Monteiro Alves e Mário Gobbi são os candidatos à presidência (Foto: Montagem/Divulgação)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 27/11/2020
19:55
Atualizado em 28/11/2020
08:00

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A política do Corinthians está em efervescência faz tempo, mas é neste sábado, no Parque São Jorge, que os sócios do clube decidem o que querem para os próximos três anos e terão de escolher entre três candidatos: Augusto Melo, Duílio Monteiro Alves e Mário Gobbi. Um desses nomes sucederá Andrés Sanchez, que já declarou que vai deixar o dia a dia corintiano no fim de 2020.

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Embora nos bastidores exista quem diga que "não há oposição no Corinthians", os grupos políticos que acompanham os candidatos brigam por cada apoio conquistado entre as grandes influências alvinegras e têm divergências entre si. Nesse cenário, apenas um dos três é considerado um homem da "situação", que seria Duílio Monteiro Alves, apoiado por Andrés e seus aliados.

O grupo Renovação & Transparência, de Duílio e Andrés, é o que está no poder desde 2007, elegendo presidentes em sequência desde então: Andrés Sanchez (duas vezes), Mário Gobbi, Roberto de Andrade e Andrés Sanchez (de novo). Por essas e outras, Duílio pinta como favorito, mas bem menos do que seria em outros momentos. Mesmo que os naming rights e os acordos para o pagamento da dívida da Arena sejam considerados trunfos eleitorais.

Como dito acima, Gobbi, foi presidente entre 2012 e 2015, era um aliado político de Andrés e pertencia ao grupo Renovação & Transparência, que sofreu com algumas dissidências nos últimos tempos. O próprio Gobbi foi um desses e praticamente sumiu da vida política corintiana desde que seu mandato terminou. No entanto, por divergências sobre os rumos que o clube está tomando e pelo caos financeiro, ele decidiu voltar para tentar a presidência.

Dessa vez sob com a retaguarda do "Movimento Corinthians Grande", liderado por Felipe Ezabella, que é candidato a 1º vice dessa chapa. Além da união dessas forças nos bastidores, nas últimas semanas o grupo ganhou um novo aliado de muita peso interno, que é Paulo Garcia, que foi um dos concorrentes à presidência no pleito de 2018 e ficou na segunda posição, atrás de Andrés.

Paulo indicou que seria candidato novamente, mas acabou desistindo e foi procurado por apoio tanto pela situação quanto pela oposição, uma vez que tem um grande número de apoiadores no clube, entre sócios, conselheiros e pessoas influentes, o que deve atrair alguns votos a mais para Gobbi, que tende a rivalizar com Duílio pela vitória na votação deste sábado. 

Correndo por fora, mas não como azarão, está Augusto Melo, que tem ao seu lado um outro pré-candidato à presidência, Ricardo Maritan, que acabou desistindo da candidatura a fim de fortalecer a oposição. Melo tem um grande apelo no dia a dia da sede social do Timão, com um "corpo a corpo" mais influente até do que seus adversários. Pode surpreender nas urnas.

Vale lembrar que Augusto já esteve com a situação quando foi assessor das categorias de base durante o mandato de Roberto de Andrade. Pele menos oito das chamadas "chapinhas" concorrentes a uma das oito vagas no Conselho Deliberativo declaram apoio à candidatura de Melo. Um número significativo se comparado ao de Mário Gobbi, que recebeu apoio de dois dos 19 grupos e de Duílio, que tem cinco chapinhas ao seu lado. As outras quatro estão divididas.

Embora existam favoritos, o momento financeiro e esportivo do clube acabam deixando a eleição como uma incógnita. Apoios de última hora, fatos novos, acusações e afins sempre podem alterar o pleito na boca da urna. Certo mesmo, segundo Andrés Sanchez, é que essa será a última vez em que ele se envolverá com um cargo político no clube. Resta aguardar para que neste sábado, após as 17h, o corintiano conheça seu novo presidente.

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