Corinthians fecha acordo com a Caixa para o pagamento da dívida da Arena
Segundo informação do GE, clube e banco estatal chegaram a um denominador comum para quitar os débitos até 2040, com carência de dois anos e parte da bilheteria ao Timão
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A pouco menos de dois dias da eleição presidencial no Corinthians, o clube se aproxima de anunciar o acordo para o pagamento da dívida com a Caixa por conta da Neo Química Arena. Isso porque, segundo informações do GE, as partes chegaram a um denominador comum para que o Timão possa quitar esse débito até 2040, com carência de dois anos, recebendo parte da bilheteria.
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O acordo anterior previa que o Alvinegro pagasse todo a dívida até 2028, mas com o dinheiro do naming rights, que será pago em 20 anos, a negociação ganhou outros termos e o prazo fechado com o banco estatal seguirá o tempo de contrato com a Hypera Pharma, que termina em 2040, quando depositará a última parcela dos R$ 300 milhões referentes à exploração estádio corintiano.
Esse novo acordo também dará dois anos de carência ao Corinthians, ou seja, só comerá a quitar o restante da dívida em 2022, com prestações anuais e não mais mensais como era anteriormente. Atualmente o débito está em R$ 569 milhões, que serão abatidos ao longo do tempo pelos R$ 300 milhões da Hypera Pharma, restando R$ 269 milhões para serem diluídos em 17 anos.
Em 2019, a Caixa executou a dívida no valor de R$ 539 milhões, mas que com encargos, juros e multas subiu para R$ 650 milhões. Após inúmeras suspensões e negociações entre as partes, o banco aceitou diminuir o valor em cerca de R$ 81 milhões. Daí o total de R$ 569 milhões, cujas parcelas serão reajustadas anualmente em 3,4% e corrigidas pela TJLP (taxa de juros de longo prazo), que atualmente é de 4,55% ao ano, segundo o GloboEsporte.com.
Mesmo assim, dentro do acordo ao qual Corinthians e Caixa chegaram, as parcelas anuais não poderão ultrapassar o valor de R$ 38 milhões. Em outras palavras, tudo o que for arrecadado pela Neo Química Arena, em um ano, além dessa quantia citada acima, irá para os cofres do Alvinegro, algo que jamais aconteceu desde a inauguração do estádio, em 2014, Já que todo o dinheiro faturado com bilheteria foi para o fundo que administra o estádio.
Essa foi uma da promessas recentes de Andrés Sanchez, que garantiu que traria duas "bombas" antes de encerrar seu mandato, no fim de dezembro. A outra diz respeito à conclusão do processo de recuperação judicial da Odebrecht, que servirá para resolver a outra parte da dívida da Neo Química Arena. Nos bastidores, isso é considerado como um trunfo para a eleição de Duílio Monteiro Alves, candidato da situação para a presidência do clube.
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