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Elias: Corinthians tem melhor meio do Brasil e superior a times europeus

Volante do Timão ressalta que setor formado por ele, Ralf, Jadson, Renato Augusto e Malcom é o destaque da equipe e ainda deixa rivais da Europa para trás

Corinthians x Coritiba
imagem cameraCorinthians: meio é o destaque do Brasileirão (Foto: Ale Cabral/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 08/11/2015
21:04

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Ainda que Cássio, Gil e Felipe não tenham dado espaço aos rivais, e Love desencantara na reta final com gols decisivos, não há dúvidas sobre o principal setor do Corinthians para o iminente hexa brasileiro. O meio de campo foi o coração alvinegro na temporada e Elias não pensa duas vezes para dizer que é o melhor do Brasil. E vai além: supera a formação de muitos dos grandes clubes da Europa.

– Estamos em um momento excelente. Os jogadores estão no auge, fica mais fácil quando todo mundo está bem. Em 2009 também tinha um time muito bom, competitivo, que jogava futebol. Esse daqui é muito bom também. O que ganhou a Libertadores, em 2012, também... Hoje somos o melhor meio de campo do futebol brasileiro, e ainda posso dizer que muito meio de campo de time da Europa não tem um tão bom como o nosso – afirmou, após a vitória por 2 a 1 sobre o Coritiba, no último sábado, em Itaquera.

No esquema 4-1-4-1, implementado por Tite, o meio é formado desde Ralf, à frente dos zagueiros, com a linha de quatro atrás de Love: Jadson, Elias, Renato Augusto e Malcom. O primeiro é o artilheiro da equipe no Brasileirão e rei de assistências no ano, enquanto dois estão na Seleção Brasileira. Malcom, mais maduro, teve boa participação nos grandes jogos do ano e se consolidou como titular na atual campanha nacional.

No Brasil, equipes que têm se destacado, como Santos e Atlético-MG, atuam de forma diferente no meio. No Peixe, Marquinhos Gabriel e Gabigol são mais atacantes que ajudam a marcar do que meias que chegam ao ataque. O mesmo vale para o Galo com Giovanni Augusto e Luan.

Foi da Europa que Tite, em seu ano passado sabático, tirou a fórmula para o seu sucesso. Nos grandes clubes, em que há mais craques do que posições em campo, alguns alternam o 4-1-4-1 com o 4-2-3-1, casos do Real Madrid (ESP) de Rafa Benítez e do Bayern de Munique (ALE) de Pep Guardiola. Já o Barcelona (ESP) não abre mão do trio mágico de atacantes Messi-Neymar-Suárez.

Com bons exemplos, o Timão tornou-se referência. Quem sabe a admiração chegue ao mundo todo...

BATE-BOLA: ELIAS, VOLANTE DO CORINTHIANS

‘Falaram que iríamos brigar pra não cair’


Como você encarou as críticas ao Corinthians após as quedas?
A gente não dá resposta, a gente trabalha. A gente respeita as opiniões, mesmo não concordando. As críticas foram construtivas e procuramos trabalhar em cima disso. Demos uma resposta para nós mesmos. A gente vinha jogando bem desde o começo do ano. Seria muito cruel para nós se a gente não fosse campeão essa temporada de 2015.

Ficou chateado com declarações de torcedores e da imprensa?
Para ser sincero, a gente sempre pensou jogo a jogo. Começou contra o Colônia até o jogo contra o Coritiba. Claro que a gente fica chateado quando o torcedor acha que perde porque falta vontade. Foi uma resposta para todos que não acreditaram no nosso trabalho. Começamos o Brasileiro meio que amarrados, perdendo jogadores, perdendo partidas de forma seguida... Falaram que a gente ia brigar pelo rebaixamento, então esse título servirá de resposta para todos.

O que representou o seu choro após a vitória contra o Coritiba?
A gente é ser humano, mas temos de manter o foco, a concentração... Em 2010, eu saí daqui perdendo um título brasileiro e falei que, se eu voltasse, eu queria ganhar esse título. Foi muito difícil eu ter voltado, eu fiz um esforço enorme, o Corinthians também... No ano passado, eu comecei bem, depois caí de produção, fui criticado pela imprensa, torcedores, cheguei até discutir com torcedores em um jogo.

Passou um filme na cabeça?
Cada um tem sua história de superação. Eu, pela história que vivi no passado... Quando voltei, todo mundo falou que o Elias já não era o mesmo, que eu já não subia mais ao ataque, e os números comprovaram o contrário. Tenho gols, assistências e ainda fazendo minha função, que é marcar.


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