Entre elogios a Mano e felicidade por aumento, Carille já se vê consolidado
Antes de duelo contra treinador do Cruzeiro, que foi quem o levou ao Corinthians em 2009, técnico líder do Brasileirão explica mudança de vida e até salário após seis primeiros meses
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Fábio Carille concedeu uma das entrevistas coletivas mais longas de sua carreira na tarde desta terça-feira, logo depois de trabalhar o time que enfrenta o Cruzeiro na quarta, às 21h45, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Geralmente pouco afeito ao contato com a imprensa, o técnico do Corinthians se soltou nos microfones, falou sobre o reencontro com o mentor Mano Menezes e revelou até mesmo um aumento de salário oferecido pela diretoria. Ao responder uma pergunta sobre onde se via daqui a dois anos, Carille riu.
- Aqui! (risos) Se me deixarem eu vou ficando. Sei que agora consolidou. Sou grato ao que o Corinthians tem feito por mim. Contente por um reajuste que me deram nas finais do Paulista. Mesmo nunca tendo cobrado nada. O Corinthians me colocou no mercado de vez - diz o treinador corintiano, que também demonstrou gratidão a Mano Menezes durante a entrevista.
- Sou muito grato, ele que me trouxe ao Corinthians. Ainda joguei três anos com o Sidnei, mas na comissão foram dois anos e meio, de 2009 até metade de 2010, quando ele foi para a Seleção, e em 2014. Ele é um treinador que gosta da organização da linha defensiva, mas o que me chama atenção é como tem leitura rápida de jogo. Com cinco minutos muda a postura do time para parar de sofrer. Ele muda duas peças e controla o jogo, é algo diferente. Lembro que o Mano trabalhava muito a compactação e aprendi, entendi linha defensiva, trabalhar com 30, 35 metros em relação à bola... - enumerou.
Fábio Carille soma 45 partidas pelo Corinthians, entre compromissos como interino e efetivado desde o início deste ano. São 25 vitórias, 14 empates, seis derrotas, 59 gols marcados e 31 sofridos sob seu comando. Ele conquistou o título do Campeonato Paulista, classificou a equipe para a segunda fase da Copa Sul-Americana e atualmente ocupa a liderança do Brasileirão. Motivos de sobra para o treinador se soltar e curtir o bom momento.
- Sou o mesmo, pode ter certeza. Mas para vocês já não sou o mesmo, agora sou um técnico de verdade. Desde dezembro já falei que seria treinador, não mais auxiliar. Agora que não volto mesmo. Mesmo se quiserem (risos). Estou mais confiante, mais feliz, mais solto nas coletivas, mais solto nas preleções e reuniões, melhorando a cada dia.
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