L! Espresso: Carille, sozinho, não será o salvador da pátria corintiana

É possível que, no momento em que você estiver lendo este texto, Fábio Carille já tenha sido anunciado como técnico do Corinthians. O clube comunicou ontem a demissão de Jair Ventura, que ficou apenas três meses no cargo, com aproveitamento pífio - 31,6% (quatro vitórias, seis empates e nove derrotas). O Timão já se acertou com Carille e agora falta apenas a rescisão com o Al-Wehda, da Arábia Saudita, e o pagamento da multa. A mudança no comando é necessária, mas faltou respeito em todo o processo. Os rumores sobre o retorno de Carille começaram nas últimas rodadas do Brasileiro e Andrés Sanchez não foi transparente com Ventura. Em sua última coletiva, após a derrota para o Grêmio, o treinador disse não saber de nada e que já fazia planos para 2019. No dia seguinte, foi enfim avisado de sua dispensa. Carille encontrará um cenário bem diferente de quando partiu, há seis meses. Um time sem confiança, de cabeça baixa e sem as lideranças que levaram o Corinthians a dois títulos estaduais e um brasileiro. Se já mostrou ser capaz de transformar um elenco desacreditado num grupo vencedor, ao mesmo tempo é evidente que o Corinthians precisará ser mais ambicioso no mercado para a próxima temporada, mesmo que lhe faltem recursos. Retornar aos trilhos não depende apenas de Carille. Para brilhar em 2019, o Timão precisará agir como o grande clube que é, dentro e fora de campo. E o seu presidente precisará ir muito além das frases de efeito e montar um time realmente competitivo, que não desmorone na primeira ventania.

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