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Ao falar sobre a Arena, ex-presidente do Corinthians admite: ‘Forma que o Palmeiras fez foi melhor que a nossa’

Em entrevista ao Fox Sports, Roberto de Andrade não acha que a construção da Arena tenha sido um erro, mas acredita que modelo de negócio foi pior do que o do rival

Roberto de Andrade
imagem cameraRoberto de Andrade acredita que modelo palmeirense foi melhor (Foto: Ricardo Moreira/Fotoarena/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 19/05/2020
18:25
Atualizado em 19/05/2020
19:37

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Sonho da Fiel torcida, a Arena Corinthians, desde o começo de sua construção não sai do noticiário esportivos, tanto pelo aspecto esportivo, quanto pelo financeiro, já que o clube carrega uma enorme dívida, que tem sido renegociada a cada período e impede que a renda dos jogos seja usufruída. Diante disso, o ex-presidente Roberto de Andrade, acredita que modelo adotado não foi o melhor e exaltou o que o Palmeiras fez com o Allianz Parque.

Em entrevista ao Fox Sports, na última segunda-feira, o dirigente que comandou o Timão entre 2015 e 2018 não acredita que a decisão por ter uma arena própria tenha sido equivocada, mas hoje vê que o rival optou por um modelo melhor do que o corintiano, apesar das críticas que recebeu na época.

- Não dá para falar que é um erro, porque é o sonho de qualquer clube você ter uma Arena. Pode ser que o erro, eu não gosto de falar isso, porque eu não participei da forma que foi desenhada a parte financeira. Eu lembro muito bem que todo mundo criticava a forma que o Palmeiras negociou a Arena dele por 30 anos com a WTorre. O Palmeiras continua com a bilheteria, paga um aluguel para a WTorre para usar o campo, mas a receita do estádio é 100% do Palmeiras. Em 30 anos, se eu não estiver errado, já passaram uns seis ou sete anos dessa conta, já não são mais 30, são 23 e nós fizemos de uma forma diferente, só que hoje, olhando, a gente vê que a forma que o Palmeiras fez foi melhor do que a nossa, a gente não consegue viabilizar - analisou.

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No modelo do Palmeiras com a WTorre, o clube ainda recebe parte do faturamento com outros eventos, camarotes e cadeiras cativas. Sem contar que quando não é possível jogar no Allianz Parque, caso ele esteja alugado para outro fim, o Verdão ainda recebe uma porcentagem do valor que arrecado com a renda bruta da partida realizada fora do estádio.

Enquanto isso, o Corinthians renegocia para pagar os mais de R$ 530 milhões de dívida do empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, já que acredita que o que tem a quitar é um valor menor do que esse, cerca de R$ 490 milhões, cujo prazo para pagamento deve ser estendido. O outro valor, junto à Odebrecht, tende a ter uma resolução após a recuperação judicial da empresa.

Com isso, Roberto de Andrade aposta que, após renegociar valores e esticar ps prazos, o clube só deverá terminar de quitar o estádio corintiano em 30 anos, bem próximo do que rival esperará para ficar com o Allianz Parque em definitivo, algo que o faz crer que o modelo poderia ter sido melhor.

- Nós vamos pagar o estádio? Vamos pagar o estádio, talvez não no mesmo prazo, talvez até igual ao Palmeiras, em 30 anos, ou perto disso, porque nós fizemos em 15 anos, começamos a pagar em 2015, já se passaram cinco anos, faltam dez. Nesses dez nós estamos aguardando uma conversa com a Caixa para a gente poder renegociar o valor mensal, e fatalmente a gente vai esticar o prazo, não sei se para 15 de novo, ou para 20, enfim, se não for 30, vai ficar muito perto dos 30, mas podemos dizer que acho que existiam maneiras melhores, agora não adianta se queixar em relação a isso, já foi - concluiu.

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