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Fiscalização, obras exigidas e dívida maior: Arena Corinthians em debate

Relatório de auditoria assinado por escritório de engenharia agita bastidores do Timão, que vê custo do estádio ser elevado a R$ 1,3 bilhão. Soluções e novas atitudes já são estudadas

Arena Corinthians
imagem cameraGuilherme Amaro
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 03/10/2017
14:05
Atualizado em 04/10/2017
06:10

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O relatório final de uma auditoria realizada na Arena Corinthians pela empresa Claudio Cunha Engenharia e Construções caiu como uma bomba nos bastidores do clube. O documento informa que a dívida corrigida da construção do estádio no bairro de Itaquera já chega a R$ 1,3 bilhão, mas nem é o valor que mais impacta dirigentes, conselheiros e integrantes da comissão criada dentro do Conselho Deliberativo para avaliar o contrato com a construtora Odebrecht. A preocupação interna é sobre as condições do negócio e especialmente a possibilidade de haver obras não realizadas ou malfeitas.

Estima-se que a Odebrecht não tenha realizado R$ 150 milhões em obras previstas no contrato original. Além disso, há R$ 60 milhões em reparos necessários e mais cerca de R$ 20 milhões como multa pelo atraso na entrega das obras. Só nesta conta apresentada ao clube já são mais de R$ 200 milhões de "saldo" com a construtora, sem contar R$ 100 milhões em obras que não cumpriram o previsto originalmente. 

As tais obras não realizadas ou malfeitas causam riscos para a Arena Corinthians de acordo com o relatório, que cita possíveis quedas das placas de mármore na área dos elevadores e paredes do estádio e também a queda de forro de gesso, que não foi fixado corretamente e já sofreu uma queda, no início de 2016. Além disso, há citação à drenagem do Setor Oeste e ao sistema de ar condicionado como possíveis problemas, todos negados pela Odebrecht.

O relatório propõe soluções para os problemas que não são tratados como "emergenciais", referentes às obras. A troca dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) pela dívida com a Odebrecht, o rompimento com a OMNI (administradora do programa Fiel Torcedor e responsável pelo repasse do valor de bilheterias ao fundo da Arena) e renegociação da dívida com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) estão entre os principais pontos.

Para monitorar essas ações, foram propostas duas ações de fiscalização: o CORI (Conselho de Orientação) se tornaria responsável por aprovar contratos da Arena e um departamento de organização de documentação seria criado. As duas ações podem ser colocadas em votação pelo Conselho Deliberativo em breve.

Enquanto discute questões internas, o Corinthians segue realizando ações inovadoras para ampliar as receitas de seu estádio, que já recebeu gravações de seriados e programas de televisão e se prepara para um grande evento com caminhões chamado Monster Jam, em 16 de dezembro. Além disso, o clube tem comercializado camarotes e setores business em jogos e já recebeu quase 30 mil pessoas em quatro meses desde a criação do Tour da Arena.

Dentro de campo foram 115 partidas, com 78 vitórias, 28 empates e apenas nove derrotas. O próximo jogo será no dia 11, contra o Coritiba, pela 27ª rodada do Brasileirão.

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