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Do fundo do poço à chance de fazer história, novo Jô passa vida a limpo no Corinthians: ‘Tenho que me vigiar’

Artilheiro do Brasileirão, atacante do Corinthians fala sobre retomada da carreira em 2017, sonho de voltar à Seleção e até medo de recaída. Ele espera viver o melhor ano da carreira

Jô soma 18 gols em 47 partidas no ano
imagem camera(Foto: Angelo Martins)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 07/08/2017
17:21
Atualizado em 08/08/2017
07:00

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Imagine um atacante com fama de artilheiro que não faz gols há quase sete meses. Imagine um pai de família que se divorcia da esposa menos de cem dias depois do nascimento do primeiro filho do casal. Imagine pais que praticamente desistem de orientar um filho por já considerarem que ele esteja perdido na vida. Imagine uma carreira e uma vida próximas de serem arruinadas antes dos 30 anos. Imaginou?

Agora imagine um atacante que cumpre sua fama de artilheiro e lidera a lista de goleadores do Campeonato Brasileiro. Imagine um pai de família em relação estável e saudável com a esposa e satisfeito por dar bons exemplos ao filho. Imagine pais que sentem orgulho do filho após uma volta por cima que salvou sua vida e carreira. Imagine uma redenção pouco vista no futebol profissional, de altas cifras, pressões e falsos amigos. Imaginou?

Aos 30 anos, Jô viveu de tudo um pouco. Do fundo do poço motivado pelas baladas, más atuações e influências, e álcool, à glória baseada na conversão religiosa, nível técnico elevado e o trabalho impressionante do Corinthians, um dos poucos clubes que aceitaria um jogador com fama tão ruim. Em entrevista ao LANCE!, o atual artilheiro do Campeonato Brasileiro passou a vida a limpo: falou sobre as partes boas e ruins, que espera que sirvam de exemplo.

Ele pode ser o primeiro artilheiro da história do Corinthians no Brasileirão, e sonha em fazer história também com o título da competição. Imagina? Só assim para 2017 superar 2013 como o melhor ano da carreira. Sabe o que também ocorreu na temporada que ele considera como seu auge? Seleção Brasileira, sonho que ele vê como uma realidade próxima. Imagina se Jô volta a vestir a Amarelinha... Imaginou?

Jô viveu tudo isso. E nesta entrevista conta como foi.

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Jô, do Corinthians
Atacante tem contrato no Timão até 2019 (Foto: Daniel Augusto Jr)

Você tem o mesmo número de gols marcados nas duas passagens pelo Corinthians (18 em cada uma), a diferença é que foram mais de cem jogos da outra vez e agora pouco mais de 40. O que o Jô atual tem de melhor?
Ah, mudou muita coisa. Primeiro a maneira de jogar, porque hoje jogo como centroavante e quando subi da base eu era segundo atacante, me movimentava mais na beirada. E era novo também, tinha acabado de chegar, não era titular na maioria das partidas. Hoje sou mais maduro, tenho mais experiência, conheço mais atalhos. Com o passar do tempo fomos nos aprimorando até chegar ao que é um dos melhores anos da minha carreira.

Então você ainda não considera 2017 o melhor ano da sua carreira?
Ainda tem mais quatro meses para isso. Tem tudo para ser o melhor. Se a gente continuar nessa caminhada acho que atinjo essa minha meta de ser campeão brasileiro e se Deus quiser ser artilheiro. Aí, se Deus quiser, eu bato tranquilamente 2013, que foi o ano em que fui campeão e artilheiro da Libertadores, Copa das Confederações, um ano muito especial e para mim o melhor. Agora 2017 tem tudo para ser o melhor, ganhando o Brasileiro.

Também tem Sul-Americana...
Também, é verdade. Mas a gente coloca o Brasileiro como principal pelo fato de ser tão disputado, tão almejado. Não que a Sul-Americana não tenha tanta importância, até porque o Corinthians não tem. É um objetivo bom também. Mas o Brasileiro com certeza é o principal.

'Eu já esperava que o começo seria daquele jeito, meio oscilante, de não conseguir ter sequência de bons jogos e não ser titular absoluto. Era uma vaga aberta. Eu joguei seis jogos, não vinha fazendo as minhas maiores performances e o Kazim aproveitou, fez gol contra o Audax e estava merecendo. Assim é o futebol, você tem que respeitar', diz Jô, sobre a reserva no começo da temporada

No início do ano você teve alguns jogos como reserva. Como foi encarar esse início oscilante?
Para mim foi mais como um desafio. Eu já esperava que o começo seria daquele jeito, meio oscilante, de não conseguir ter sequência de bons jogos e não ser titular absoluto. Era uma vaga aberta. Eu joguei seis jogos, não vinha fazendo minhas melhores performances e o Kazim aproveitou, fez gol contra o Audax e estava merecendo. Assim é o futebol, você tem que respeitar. O Fábio foi franco comigo, me chamou na sala e disse que se o Kazim fosse bem ele iria continuar. Mas aí o destino quis que as coisas fossem ao contrário. No meu modo de ver ele foi bem contra o Palmeiras, mas a bola surgiu para mim. No outro jogo contra o Mirassol jogamos juntos e bem, depois teve o clássico com o Santos, que ele sentiu uma dor no joelho, eu joguei, fiz gol e seguiu. Foi uma disputa sadia, mas a partir de então eu pude virar titular.

Como foi essa disputa com o Kazim? Vocês conversaram sobre esse assunto em algum momento?
Sempre procuramos conversar que independentemente de quem jogasse o importante era ajudar o Corinthians. O Kazim é um cara experiente, aceitou isso numa boa, ele próprio reconhece que eu vivo um grande momento. Mas não deixo de falar sempre com ele, porque não pode ter vaidade em um grupo como esse. Você não gostar de ficar no banco é uma coisa, não respeitar é outra. Ele respeita. É bacana, é legal esse respeito e a entrega de todo mundo.

Você já viu no futebol um companheiro que perde a posição e não trata essa decisão com respeito?
Ah, já. Eu não passei por isso particularmente, mas já vi amigos e situações de torcer contra o próprio companheiro. A gente fica chateado, porque só pode jogar 11, mas não vão jogar os 11 o ano inteiro, muda muito, todos têm oportunidade. Aqui no Corinthians não vi isso em nenhum momento, é o único clube onde eu joguei em que todo mundo se respeita.

Único?
Único. Que eu tenha passado. Já estive em vários clubes brasileiros, mas não um em que todos se respeitam, têm amizade, uma união muito boa, onde se brinca, se cobra sem desrespeito e palavrão. É muito legal.

Por que isso aconteceu?
Acho que começa pelo Fábio, de deixar o ambiente tranquilo, de ser um cara humilde, que até na hora de dar bronca é muito manso. Aí você pensa: se o treinador não cobra desse jeito, não xinga, por que eu vou fazer? Nossa cobrança é sempre com respeito. E é um grupo humilde, que reconhece suas limitações, não tem diferença do mais novo ao mais experiente, ninguém se vê como craque ou como o pior, e sim todo mundo se vê como alguém que pode jogar.

É um grupo que sabe onde pode chegar?
Hoje a gente começa realmente a ver o que fizemos e o que podemos fazer no campeonato. O objetivo final agora é o título, porque no começo prezamos muito pela cautela, mas você vê a evolução da equipe, chegamos num estágio de virar o turno com a equipe muito segura. Não é imbatível, claro, mas nosso objetivo é o título. Libertadores já estamos encaminhando legal, sentimos uma situação confortável pela distância, então o importante agora é se dedicar pelo título.

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Algo que é notável nos jogos do Corinthians são suas jogadas pelo alto, segurando a bola. Essa característica te acompanhou pela carreira ou foi potencializada pelo estilo da equipe?
Eu desenvolvi isso na Europa. Nem tanto no CSKA, que tinha um estilo diferente, com Vagner Love e Daniel Carvalho e mais a bola no chão. Aflorei isso com muita qualidade no Atlético-MG, onde o Cuca usou muito bem e vi que poderia ser explorado. Como o Fábio me acompanhava há tempos ele trouxe isso e temos tido mérito. Nossos três atacantes têm isso, eu, Carlinhos e Kazim. É uma característica nossa.

Além disso, você também tem mostrado facilidade com tabelas, triangulações curtas...
Sempre foi uma característica minha. Eu dificilmente fico muito tempo sem pegar na bola, fico agoniado. Eu sempre fui um jogador de movimentar, de triangular, durante minha carreira não deixei que isso ficasse para trás. Da maneira como jogamos hoje eu consigo fazer com tranquilidade. Saio da área, mas não com tanta frequência. Eu participo muito do jogo e estou desenvolvendo esse lado. Tudo isso é crescimento, evolução dentro da equipe.

Desde que você chegou, seu pior momento foi contra o Santo André?
Foi o dia em que voltei para casa mais triste. Lembro muito bem. Cumprimentei meu pai e minha mãe na saída do estádio e meu pai estava muito triste. Voltei para casa com silêncio no carro por ter perdido o pênalti, por ter tido várias outras oportunidades... Acho que nesse ano não tive tantas oportunidades num jogo como ali. Mas realmente as coisas não aconteceram como eu esperava e foi um momento de tristeza superado com maturidade, trabalho e entrega. Aprendemos com tudo aquilo ali, só tivemos mais uma derrota e depois só alegria. A torcida passou a ter um pouco mais de paciência com a gente e nós fomos juntos.

Demorou quanto tempo esse momento de tristeza?
Ah, uma semana. Até o jogo seguinte, que eu também tive um rendimento bem abaixo. Mas sou ser humano, me abato quando não jogo bem, quando não faço gols.

A virada foi contra o Palmeiras?
Antes dali a torcida já viu que o Corinthians poderia crescer no ano. Quando teve a vitória foi o divisor de águas e até hoje está excepcional o tanto que ajudam.

Aquele jogo do Santo André teve um gostinho de 2016, que foi um ano de frustrações para o Corinthians. Mas você começou a treinar aqui no ano passado. Qual foi a importância desse período?
Quando eu cheguei, o Corinthians já tinha perdido praticamente toda a confiança na temporada, pelas expectativas criadas em 2015 e que não aconteceram em 2016, que todos pensavam ser um ano brilhante e foi atrapalhado pela saída do Tite e de muitos jogadores. Eu percebi que alguns jogadores precisavam retomar essa confiança e isso não é de uma hora para outra. O pouco tempo que passei ano passado foi suficiente para eu ver que o time precisava se reconstruir totalmente para 2017. A maioria comprou essa ideia. Acabamos um ano tão bom, mas médio, e sabendo que 2017 seria um ano diferente. Para mim foi muito importante chegar antes e conhecer a maneira de trabalhar.

Jô
Jô começou a treinar ainda no ano passado (Foto: Daniel Augusto Jr)

Você hoje é artilheiro do Brasileirão, algo que o Corinthians nunca teve na história. Como encara essa condição? É uma meta?
Eu coloco como um dos meus objetivos, sim. O Corinthians nunca teve um artilheiro, e quando eu soube disso ganhei uma motivação a mais de entrar para a história do clube como o primeiro artilheiro. Eu troco a artilharia pelo título tranquilamente, sem dúvida (risos), mas estou me dedicando, porque sei que se fizer os gols vou ajudar minha equipe a vencer. Fico muito tranquilo, tenho a cabeça boa porque sei como é o futebol, sei que ele dá voltas. Vivo um momento muito bom e aproveito com humildade, pés no chão.

E você trabalha com uma meta de gols para o ano?
Não, não. Procuro fazer os gols jogo a jogo. Meu melhor ano no Brasil foi pelo Atlético-MG, fiz 26 ou 27 gols. Talvez essa marca possa ser batida, eu procuro estar sempre melhorando e esse ano tem tudo para ser o melhor da minha carreira. Eu me dedico ao máximo para isso acontecer.

O Carille tem dito que ligou para alguns amigos de Belo Horizonte e Porto Alegre para perguntar de você e não ouviu coisas muito boas. Ele ter tido confiança em você mesmo assim foi uma motivação?
Ele não tinha saída, né (risos)? Eu já estava aqui dentro, se ele tivesse buscado informação antes talvez se arrependesse... Mas ele me deu essa confiança por ser humano. Ele deu esse respaldo e mostrei no dia a dia, não fiquei só nas palavras, mostrei nas ações. Hoje, saber que sou um dos líderes dentro do elenco me fez sentir mais confiante para viver minha vida em casa, fora de campo. Devo muito a ele por me dar essa credibilidade. Ele duvidava de mim e hoje me coloca como um dos líderes. Isso é fantástico. Eu converso muito com ele, trocamos muita ideia, temos uma abertura muito importante e sempre torcerei por ele.

Como tem exercido essa liderança?
Graças a Deus não preciso ficar sendo babá de ninguém fora do clube, não temos esse problema. Mas é conversa, às vezes estamos num jantar e eles pedem opiniões, experiências que passei em outros lugares e divido com os mais novos. O Arana está sempre perguntando coisas para mim, de como se posicionar diante de perguntas da imprensa, de especulações para fora, como agir. Isso me faz sentir mais feliz, compartilhar isso e eles serem obedientes. Eu estou adorando essa parte, de compartilhar minhas experiências positivas e saber que as negativas são exemplo. É a primeira vez que me sinto como um líder de equipe e estou desfrutando bem.

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'Eu não tenho vergonha de falar e sempre vou responder quando me perguntarem, porque com certeza vai servir como exemplo para alguém, para não fazer as coisas que fiz. Se eu não tivesse feito tanta coisa talvez tivesse jogado em clubes maiores na Europa, talvez estivesse na Europa ainda hoje. Mas talvez tudo isso também tenha sido para o meu aprendizado', diz Jô

Como foi essa mudança na sua vida, de alguém com uma vida turbulenta fora de campo para um papel de liderança?
Eu não tenho vergonha de falar e vou responder sempre que me perguntarem, porque com certeza vai servir de exemplo para alguém, para não fazer as coisas que fiz. Se eu não tivesse feito tanta coisa talvez tivesse jogado em clubes maiores na Europa, talvez estivesse na Europa ainda hoje. Mas talvez tudo isso também tenha sido para o meu aprendizado. Foi tudo em 2014, quando eu vi que tinha saído de uma Copa do Mundo e tinha perdido meu futebol. Estava perdendo a vontade de jogar futebol, perdendo prazer. Tinha acabado de me separar da minha esposa com um filho de três meses, então ali eu vi que estava no fundo do poço e não estava percebendo, achava tudo natural. Imagina um atacante que estava há quase sete meses sem fazer gol, isso não tem cabimento. Hoje se fico dois ou três jogos eu já não me aguento, fico agoniado. Mas ali eu achava normal, não sabia que eram ações que eu fazia que me levavam. Ali eu vi que não havia como não procurar a Deus. Então tive ajuda de algumas pessoas, minha esposa, meu pai e minha mãe em termos de incentivo. Mas a mudança foi interna, de colocar Deus na minha vida e tornar minhas ações de negativas para positivas. Ali em 2014 teve um alerta.

Você já viveu os dois lados, o bom e o ruim. E sabe que o álcool vicia porque proporciona sensações boas em algum momento. Não teme uma recaída? Você se policia contra isso?
Hoje eu acho muito difícil ter uma recaída. Não vou falar impossível, porque essas coisas não podemos cravar. Se você se desviar da palavra de Deus você cai. Mas eu procuro estar me vigiando, estar firme no propósito, porque aí sim posso dizer que não vou recair. Eu estou sempre me vigiando, procuro não ir a lugares com bebidas, festas, sou muito caseiro e estou sempre atento, sem dar brecha. Ainda tenho uma esposa muito especial sempre comigo, minha mãe é obreira da igreja, então estou fortalecido nessa parte espiritual para não errar mais. Não posso achar que sou o mais forte do mundo, tenho que estar sempre atento, sempre me vigiando. Eu não quero trocar a vida que eu levo pela vida que eu vivia, não quero voltar. Por isso me alimento da palavra de Deus e foco no que eu quero. Hoje levo uma vida segura, convertido há três anos.

Onde você acha que poderia estar se não tivesse largado a bebida?
O lugar exatamente eu não imagino, mas estaria em uma situação bem difícil e complicada. Não sei se financeiramente estaria estruturado ou se estaria jogando em algum clube grande, talvez eu não estaria nesse nível pela maneira que eu vivia, já distante da família, meus pais praticamente dando como um filho perdido, mas seria triste o fim de um cara que eu sempre fui, muito tranquilo, família... e eu estava perdendo essa essência. Não sei o lugar, mas não seria um lugar tão confortável que graças a Deus hoje eu estou

Correu muitos riscos? De perder força da família, de vida...
Você fica bem vulnerável... Corri muito risco por viver na noite, alcoolizado, mas Deus me livrou de muita coisa. Fico muito feliz e grato. Corri muitos riscos, mas pela misericórdia de Deus não aconteceu nada grave.

Quanto tempo durou essa vida?
Uns quatro ou cinco anos. Foi desde o fim da minha passagem pelo City, quando me desequilibrei emocionalmente, em questão de brigar muito com minha esposa e realmente me entregar às bebidas. No Inter foi uma das piores ou a pior passagem que eu tive. E uma parte no Atlético-MG. Foram uns quatro ou cinco anos de desiquilíbrio da minha parte pessoal.

Jô, do Corinthians
Carille deu sequência a Jô nesta temporada (Foto: Daniel Augusto Jr)

Agora que está refeito, você traça a Seleção como objetivo próximo? Uma outra Copa pode apagar 2014?
Minhas ações acho que já mudaram muito a minha imagem, o homem que me tornei tem um certo respeito, eu mostrei para o Brasil realmente, porque tinha ficado fora e muita gente tinha dúvida. Agora consegui mostrar que sou um novo homem. E aí começa a voltar o sonho de voltar à Seleção Brasileira. Não vou me frustrar se não for na próxima convocação, vou continuar até a última convocação antes da Copa, porque quando você tem esperança e fé as coisas podem acontecer. Tenho esperança e fé, estou fazendo um grande ano, e agora é aguardar.

Com quem você disputa uma vaga?
Tem muitos jogadores. Diego Souza vem sendo convocado como segundo atacante, na reserva do Gabriel Jesus, tem Firmino... Tem outros jogadores que podem fazer o falso 9, como é o caso do Luan, que joga no Grêmio às vezes assim e pode ser convocado para jogar nas beiradas ou de centroavante. Então tem alguns concorrentes, mas vou continuar nessa fé e esperança porque acho que está bem próximo.

Europa ainda é um objetivo profissional?
Hoje meu pensamento é deixar as coisas acontecerem. Eu já alcancei objetivos que eram sonhos, como jogar no futebol europeu e uma Copa do Mundo, uma série de coisas que eu consegui alcançar. Então agora eu deixo, não tenho um projeto. Meu projeto hoje é com o Corinthians, ganhar títulos e deixar as coisas acontecerem se tiver proposta. Mas não tenho isso de "sonho em voltar para a Europa". Realizei meus sonhos e agora vivo cada momento da minha vida.

Recentemente você voltou às redes sociais. Como tem sido a experiência?
Nunca gostei de rede social, mas me convenceram que era importante. É bom porque os torcedores interagem. Ainda não mexo diretamente, tem as pessoas que mexem, mas estou sempre participando das postagens, do que deve colocar ou o que não deve, quais as palavras têm de ser colocadas... Isso aí eu participo, mas vou começar a participar mais diretamente porque acho que é legal e importante. Me convenceram que é necessário.

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