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Herói de 2017, Jô troca madrugadas para ver o Corinthians e confia no bi

Atualmente no Japão, onde defende o Nagoya Grampus, Jô contou ao LANCE! como tem acompanhado os jogos do Corinthians e mostrou confiança para a temporada

Jô foi artilheiro do Brasileirão 2017
imagem cameraDaniel Augusto Jr
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 14/04/2018
18:11
Atualizado em 15/04/2018
06:00

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Se em 2017 o atacante Jô deixou as madrugadas para ajudar o Corinthians a conquistar o Paulistão e o Brasileirão, agora ele praticamente vira a noite para assistir aos jogos do time de coração. No Japão, onde defende o Nagoya Grampus, Jô continua torcendo pelo sucesso do Corinthians. Por conta do fuso horário, ele tem de madrugar para assistir às partidas do Timão.

- Acompanho dentro do possível, claro que não foram tantos jogos que eu fiquei acordado. Quando o jogo é no fim de semana à tarde no Brasil, aqui são 4h da manhã. Mas as finais eu acompanhei, fiquei nervoso como torcedor. É muito mais fácil estar dentro de campo do que torcer, eu sofri até o final. Mas deu tudo certo. Mandei mensagens aos amigos que estiveram na final e para o Fábio (Carille). Fiquei muito contente. Era 5h, quase 6h da manhã aqui, e eu estava radiante, fiquei gritando dentro de casa - contou Jô, aos risos, em entrevista ao LANCE!.

- Eu deixei a madrugada e hoje fico na madrugada, mas dentro da minha casa, com a maior alegria de ver meu time de coração jogar. Acompanho a Liga dos Campeões também. É uma madrugada de futebol, alegria, dentro da minha casa. Não aquelas madrugadas perdidas que foram antigamente - acrescentou o artilheiro do Brasileirão do ano passado, com 18 gols.

Jô terá de madrugar se quiser acompanhar a estreia do Corinthians no Brasileirão, neste domingo, às 16h (de Brasília), contra o Fluminense, na Arena. A partida marcará o reencontro com o adversário da partida que definiu o título nacional do Timão em 2017. Na ocasião, o artilheiro Jô marcou os dois gols que definiram a virada e Jadson marcou o terceiro na vitória por 3 a 1.

- Para mim foram os dois gols mais importantes do ano, foram os do título que muitos não acreditavam e conquistamos com mérito. A torcida vai relembrar cada segundo daquela conquista nesse jogo contra o Flumiennse. A torcida vai reviver momentos maravilhosos - disse Jô.

A venda do atacante ao Nagoya Grampus no fim do ano passado ainda é sentida no Corinthians. Nesta temporada, o técnico Fábio Carille testou Kazim, Júnior Dutra e Emerson Sheik como referência, mas fez mudanças para a equipe jogar sem centroavante. Agora, ele está perto de poder contar com Roger, que deve chegar ao Timão no início da semana.

- O Fábio tem uma qualidade enorme de analisar o futebol. Ele sabe que se não tem aquela peça, acaba treinando ou improvisando algo, jogando sem centroavante, assim como foi na final contra o Palmeiras. Ele não fica chorando que não tem. Ele trabalha, e acabou dando certo. Ele sempre deixou claro que a vontade é ter um centroavante, mas que nunca vai reclamar e vai trabalhar com o que tem. Acredito que ele vai continuar achando formações ideias para fazer um belo Brasileiro. Confio no trabalho do Fábio, ele tem jogadores de qualidade, e acredito até o fim no bicampeonato - elogiou Jô.

Nesta entrevista ao LANCE!, Jô disse que espera um Brasileirão mais difícil para o Corinthians, contou como está sua vida no Japão e afirmou que ainda tem esperança de disputar a Copa do Mundo. Confira abaixo:

Acha que vai ser mais fácil ou mais difícil o Brasileiro deste ano?
Com certeza vai ser mais difícil, porque o Corinthians é o time a ser batido, o atual campeão. Vem jogando da mesma maneira desde o ano passado, é um time difícil de tomar gol. Todos vão querer ir para cima, mas creio que o Fábio vai montar a melhor estratégia possível para fazer um grande campeonato.

Ainda tem Libertadores e Copa do Brasil. Dá para ser melhor que 2017?
São campeonatos difíceis. Seria um ano perfeito se ganhasse todos, mas temos que entrar na realidade do futebol. Tem elenco, mas tem que ter um foco. O elenco deve ter essa resposta melhor do que a minha. Focar no maior objetivo e ir por etapas. Acredito que o Corinthians consegue ganhar mais um título ainda.

Espera voltar ao Corinthians?
Meu sonho sempre vai ser, já deixei claro para todo mundo no Corinthians, que encerrar minha carreira vai ser lá. De repente voltar antes e jogar em alto nível vai depender dos anos. Mas encerrar a carreira com certeza é meu objetivo.

Como viu esse retorno do Sheik?
Jogador quando é identificado e retorna sabe os passos para seguir. O Sheik tem isso de bom, conhece cada funcionário, estamos vendo que ele está se entregando, cumprindo com a palavra. Sempre comentamos e falam muito bem do Emerson, que está fazendo valer a pena o retorno dele. Tem a idade que tem (39 anos), mas corre que nem um garoto. É importante ter um líder como o Emerson.

E como vê a iminente saída do Maycon para o Shakhtar?
Todo garoto tem o sonho de jogar na Europa, independentemente do país. Eu sempre aconselhei para fazer história pelo clube antes de deixar o país. O Arana fez isso, por exemplo. A mesma coisa falava para o Maycon, para o Pedrinho... Claro que nenhum torcedor quer que o jogador saia, mas todo jogador tem um sonho. Tem a tristeza por ele sair do Corinthians, mas feliz por estar realizando um sonho dele.

Já jogou a toalha pela disputa da Copa do Mundo?
Não joguei a toalha ainda, tenho um pouquinho de esperança. Minha esperança maior era ter sido convocado nos últimos jogos, mas continuo fazendo meu trabalho. Quem sabe de última hora ser lembrado, mas realmente ficou mais difícil.

Chegou a sugerir algum centroavante para o seu lugar?
É difícil. Centroavantes tem poucos. No Brasil os que tem estão empregados, e fora do Brasil é difícil de arrumar.

Como está sua vida no Japão?
Em relação ao meu time, começamos muito bem, com duas vitórias e um empate. Depois as coisas começaram a não andar, e o time está na zona de rebaixamento. Mas ainda é o começo, acredito muito na equipe, tem qualidade. Perdemos jogos bobos, mas o time tem qualidade. Temos que treinar, trabalhar e temos tudo para dar a volta por cima.

O idioma dificulta?
Eles têm tradutores, dá para entender. E eu falo um pouco inglês, alguns jogadores falam um pouco português... A língua não está sendo a dificuldade maior. Sempre damos um jeitinho de nos entender dentro de campo.

E como está com sua família?
Minha família está se adaptando, meu filho já está na escola. Tenho certeza que vamos ser felizes, o país oferece tudo de bom.

Quais seus próximos objetivos?
Como todo o clube que eu passo eu quero cumprir meu contrato, tenho três anos aqui, mas sabemos que futebol muda muito e fica difícil planejar. A princípio quero terminar meu contrato e ver o que fazer depois. Vamos deixar as coisas passo a passo.

Tem palpite pra o Corinthians x Fluminense?
Corinthians 2 a 0, com gol do Rodriguinho e também torcendo por um gol do Romero, gosto muito dele.

O que tem a dizer para o torcedor?
Queria agradecer o carinho, sempre tenho até hoje nas redes sociais mensagens de carinho e de saudades. Um dia com certeza irei voltar. Estou torcendo para que esse ano seja até melhor do que o ano passado, e que eles continuem sendo esses torcedores fanáticos.

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