Ídolo e nome de rua no Racing, Milito foi alvo corintiano antes de Guerrero
Atacante argentino foi procurado pelo Corinthians quando defendia a Inter de Milão, em 2012. Na ocasião, preferiu ficar e só deixou Europa para fazer história onde foi revelado
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O ônibus do Corinthians provavelmente passará por uma rua chamada Diego Alberto Milito nesta quarta-feira, quando a equipe enfrenta o Racing (ARG), pela volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana. O ex-jogador de 38 anos é uma lenda do clube argentino e foi homenageado com o nome de uma das entradas do estádio Presidente Perón, conhecido como El Cilindro, no ano passado. Um dos bastidores pouco conhecidos desta história é que Milito passou perto de vestir a camisa do time que será adversário do time celeste. Sim, Milito já interessou ao Corinthians.
A história é de 2012, pouco após o Corinthians ser campeão da Libertadores. O personagem principal é Edu Gaspar, então gerente de futebol do Timão e atualmente coordenador de seleções na CBF. Dono de bons contatos na Europa, o dirigente corintiano buscava um centroavante de alto nível para suprir a maior necessidade do elenco naquele momento - o titular, Liedson, havia caído de rendimento e virado reserva, e o concorrente Elton nunca foi preferência do técnico Tite.
Foi aí que surgiram alguns nomes então em ação no futebol europeu. É o caso de Diego Milito. Na época aos 32 anos, o atacante defendia a Inter de Milão, mas já não tinha o mesmo prestígio da temporada 2009/2010, quando foi o melhor atacante do continente pelo time campeão da Liga dos Campões. Apesar de jogar com pouca frequência, o argentino declarou a Edu Gaspar por meio de seus representantes que não estava disposto a deixar a Europa naquele momento.
Cinco anos depois, dirigentes e ex-dirigentes do Corinthians confirmaram ao LANCE! a procura do clube por Milito em 2012. Outros nomes também disseram não antes de Paolo Guerrero, que na época estava no Hamburgo (ALE), mostrar disposição em conversar. Em julho daquele mesmo ano, o Timão desembolsou 3 milhões de euros (R$ 7,5 milhões, na época) e contratou o peruano, que fez história com os dois gols que renderam o título do Mundial, em 2012, antes de sair após três temporadas para o Flamengo.
Quanto a Milito, a permanência em Milão durou até junho de 2014, quando ele acertou o retorno ao Racing, clube que havia defendido entre 1989 e 2003, sendo quatro destes anos já como profissional antes de ser negociado ao futebol europeu. Após 11 anos entre Genoa (ITA), Zaragoza (ESP) e a Inter, o atacante retornou ao lugar em que foi formado para se consolidar como uma lenda. Como capitão do time de Avellaneda, ele foi campeão argentino na temporada que marcou sua volta ao time de formação.
Ao todo, Diego Milito somou 148 partidas e 37 gols pelo Racing antes de pendurar as chuteiras aos 37 anos, em maio do ano passado. Dois meses depois, foi homenageado pela comunidade local com o nome de uma das ruas que dá acesso ao estádio Presidente Perón, em festa que emocionou a todos, principalmente a ele próprio. "Por siempre capitán", cantou a torcida celeste.
Lenda e nome de rua no Racing, sonho frustrado do Corinthians.
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