Ivan fala da vontade de retornar para a Seleção Brasileira e destaca torcida do Corinthians na Arena: ‘Vira um caldeirão’
Novo goleiro do Timão ainda revelou papo antes da saída de Sylvinho, negociação frustrada com o São Paulo e a importância em usar os pés nos dias de hoje
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Novo camisa 1 do Corinthians, o goleiro Ivan foi apresentado oficialmente na última sexta-feira (4). Além de comentar sobre as razões que o levaram ao Timão, bem como a concorrência com Cássio, ele não escondeu o desejo em voltar a defender a Seleção Brasileira.
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O atleta de 24 anos foi muito importante no recente ciclo olímpico, ajudando a Seleção Brasileira a conseguir vaga para os Jogos Olímpicos em Tóquio.
Uma lesão ligamentar no punho direito no entanto, no final de 2020, aliado a suspensão das atividades futebolísticas em virtude da pandemia de Covid-19, deixaram o arqueiro de fora das Olimpíadas, bem como da convocação para o time principal para encarar Bolívia e Peru nas Eliminatórias.
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Apesar das recentes dificuldades, Ivan segue com o desejo de retornar para a Seleção Brasileira. Sua única experiência no time principal foi nos amistosos de 2019, contra Peru e Colômbia. Naquela ocasião contudo, ele ficou apenas no banco de reservas.
- É um sonho para todo jogador chegar a seleção. É um objetivo que eu tenho para a minha carreira. Quando eu fui para a seleção olímpica, acho que deixei uma boa impressão, ajudei o time a se classificar para as Olimpíadas, onde o Brasil foi bicampeão. Na principal, pude ter essa oportunidade, junto do Taffarel, os goleiros que lá estavam. Foi uma experiência muito boa para mim - afirmou.
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Contratado para ser a "sombra" de Cássio, o goleiro não poupou elogios para a torcida corintiana, e disse que nas vezes em que enfrentou o Corinthians na Neo Química Arena, um comportamento em especial da Fiel despertou sua atenção.
- Pude jogar na Neo Química Arena duas, três vezes. Uma coisa que me chamou atenção é a torcida do Corinthians. Realmente são um bando de loucos. Me chamou a atenção quando o Corinthians sofria gol, e a torcida cantava mais forte, mais alto, para incentivar o time. Essa atmosfera é muito boa, positiva para o Corinthians. Lembro quando vinha jogar contra, era muito difícil, porque vira um caldeirão, a arena é muito bonita. Foi legal sentir o calor da torcida - declarou.
O camisa 1 foi contratado enquanto Sylvinho ainda era o treinador do time do Parque São Jorge. Ele chegou a ser relacionado para o jogo contra o Santos, mas foi cortado pelo pouco período de treinos. O novo reforço revelou que teve uma conversa com o técnico antes de sua demissão.
- Convivi pouco tempo com o Sylvinho. Sempre foi um cara muito honesto, trabalhador. Mesmo antes do jogo conta o Santos, ele teve uma conversa comigo, falou sobre eu ainda estar me preparando - contou.
O goleiro também deixou claro sua satisfação com todos os membros do clube, que o ajudaram na adaptação ao novo ambiente
- Fui muito bem recebido por todos, staff, jogadores, comissão técnica, os funcionários, desde o porteiro a gente é muito bem recebido. No dia a dia, os goleiros ficam juntos. Chega, passa na academia, faz os pré-treinos. A gente conversa, vai se conhecendo. Cheguei há um tempo aqui, por questões jurídicas e contratuais não puder ir para o campo. Estava retornando de Covid-19, e isso acabou atrasando minha chegada. Hoje já passou. Se optarem por mim, estarei pronto para ajudar - disse.
Um dos aspectos do arsenal de Ivan é o jogo com os pés. O goleiro disse que o técnico Jardine, então treinador da seleção olímpica, foi fundamental na sua evolução nesse aspecto do jogo, e ressaltou a importância dos arqueiros na saída de jogo.
- O futebol evoluiu bastante. Antes, nós goleiros, pelo menos eu vendo os jogos antigamente, não usávamos muito (os pés). Na Ponte fui me adpatando, e quando fui para a seleção olímpica, o Jardine pisava muito nesse quesito, do goleiro estar introduzido na saída de bola. O Marcelo, nosso preparador goleiros, diariamente faz esses trabalhos com nós. É importante, quanto mais completo você está, isso te ajuda no dia a dia do trabalho, e a gente vê muitos times que introduzem o goleiro na saída de bola. Também venho melhorando nessa parte, e o Marcelo cobra bastante a gente nisso - afirmou.
Na janela de transferências do meio da temporada passada, o São Paulo fez uma forte investida no atleta, então na Ponte Preta, abriu conversas com o estafe do goleiro, mas não chegou a formalizar uma proposta porque a Macaca não se mostrou interessada a negociá-lo na ocasião. O goleiro comentou sobre a situação e destacou a importância em estar focado dentro de campo.
- Desde quando comecei a ser titular na Ponte Preta, sempre tiveram especulações, notícias, mas de oficial nada tinha chegado para mim. Sou um cara muito focado dentro de campo, se eu estiver bem dentro de campo, as coisas vão aparecer naturalmente. Quando fui para a seleção foi assim, dependia do meu rendimento dentro de campo. Quando soube da oportunidade que talvez daria certo no Corinthians, fiquei muito feliz, estava torcendo logo para isso se concretizar. Na minha vida tudo aconteceu no tempo certo, se estou vindo para o Corinthians, era para ser assim - concluiu.
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