As obrigatórias discussões sobre temas críticos da sociedade, como racismo e homofobia, se tornaram parte da comunicação dos clubes do futebol brasileiro com seus torcedores.
É importante cada um deles marcar posicionamento em datas especiais, mas são poucos os que, de fato, carregam a bandeira como um compromisso, como é o caso do Bahia, hoje muito à frente da maioria. Ontem houve mais uma prova de que a batalha é mais longa do que se imagina e que precisa ir além de posts positivos nas redes sociais.
O perfil do Corinthians publicou uma foto de um panetone, como forma de se referir ao estádio do Morumbi. Uma citação homofóbica há tempos usada para chamar a torcida tricolor de frutinhas. Minutos depois, a mensagem foi apagada, e o Alvinegro se desculpou, alegando ignorância de um dos seus colaboradores. Mas o estrago já estava feito.
A tentativa rasteira de humor é constante no ambiente virtual. E quase todos os clubes brasileiros fracassam rotineiramente na tentativa de atiçar as rivalidades para aumentar o engajamento de seus perfis. Comunicação é ativo, e não orégano, que você despeja aleatoriamente sobre o prato. Ontem, o prato ficou vazio mais uma vez.
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