LANCE! Espresso: Crise no Corinthians não será resolvida com ‘tapa na orelha’
A normalização deste tipo de revolta aproxima o futebol brasileiro de uma tragédia
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A raiva da torcida é compreensível, e os jogos com estádio vazio tornam tudo pior. Mas ir até o aeroporto botar o dedo na cara de vários jogadores, incluindo Cássio, maior goleiro da história do Corinthians e que jamais se omitiu, é um absurdo difícil de dimensionar.
A cena protagonizada por alguns torcedores na chegada do time a São Paulo, após a derrota para o Fluminense, é revoltante, mas não isolada. Há pouco mais de uma semana, organizados invadiram o CT do Figueirense para agredir o elenco, que vive fase ruim na Série B - e nada mudou com a violência. A normalização deste tipo de revolta, que no máximo geram notas oficias dos clubes, aproxima o futebol brasileiro de uma tragédia.
Os exemplos vão se acumulando, e os atletas pouco conseguem se mobilizar para colocar um basta neste contexto marcado por ódio, por perseguição e por intolerância. No caso do Corinthians, a situação chega ao absurdo de líderes do elenco, que lidam com atraso de salário, erros de gestão e troca de técnico, serem apontados como vilões pelo momento crítico em campo.
Os jogadores e o técnico são responsáveis diretos para que o futebol melhore, mas não há como ignorar os inúmeros fatores que comprometem o ambiente, o aspecto emocional e, consequentemente, o desempenho. A crise do Corinthians, que está fragilizado técnica e financeiramente, é complexa e não surgiu do nada, do dia para a noite. E não será resolvida com "tapa na orelha".
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