Luxemburgo foi vaiado pela torcida do Corinthians antes do jogo contra o Grêmio começar (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)
O empate em 4 a 4 com o Grêmio marcou o quinto jogo consecutivo do Corinthians sem vitórias. E isso além de refletir na tabela, com o clube alvinegro a três pontos de distância da zona do rebaixamento no Brasileirão, também contribui com a má fase do Timão e da pressão sobre o técnico Vanderlei Luxemburgo, que foi alvo de vaias vindas das arquibancadas antes do jogo começar. Isso aconteceu quando o nome do treinador foi anunciado no telão da Neo Química Arena.
- O Corinthians não tá bem, todo mundo tem dúvida e vem para cima de mim. No Brasil de sempre é assim, não é diferente. Quando eu cheguei em 98 a torcida foi lá em Atibaia. É o Corinthians, não está ganhando é pressão. Se ganharem, um, dois, três, quatro, cinco, vão gritar ‘É Luxemburgo’. Claro que eu não gostaria que fosse dessa forma, mas no Brasil que é hoje o técnico brasileiro tem uma única chance: ganhar. Se não ganhar, tá roubado - falou Luxa sobre as críticas.
Para o treinador, o time corintiano precisa se incomodar com a sequência negativa. O Timão não vence desde o dia 22 de agosto, no jogo de ida das quartas de final da Sul-Americana, contra o Estudiantes. Se não vencer o próximo compromisso, nesta sexta-feira (22), contra o Botafogo, a equipe do Parque São Jorge completará um mês sem vitórias.
- Não tenho dúvida que estou incomodado. E se não estivermos incomodados de não ganhar, estamos errado. Temos que fugir dali agora, porque estamos a só três pontos, temos um jogo a menos que o Santos, mas estamos a três pontos (da zona do rebaixamento). Incomoda a mim e tem que incomodar os jogadores também - destacou Vanderlei na entrevista coletiva após o duelo contra o Imortal.
O empate diante do Grêmio, combinado com a vitória do Santos sobre o Bahia, em Salvador, serviu para diminuir a distância corintiana de cinco para três pontos em relação ao Z4.
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O JOGO
Luxemburgo aprovou a partida desta segunda-feira (18) e vê o estilo adotado contra o Tricolor Gaúcho, de propor mais o jogo e buscar o ataque, como uma tendência até o fim da temporada, principalmente em relação aos problemas que o time tem na tabela. Porém, o treinador não escondeu que isso pode ter alguns custos à equipe.
- Antigamente vocês falavam que era a defesa, e gol você toma como equipe. Eu não quero falar no campeonato, porque hoje vou falar da proposta de ficarmos vulneráveis por tentarmos buscar o gol. Estamos em uma reta final onde não tem jogo em casa e fora, temos que ganhar e temos que expor mais a equipe e vamos sofrer. Nossa marcação não vai ser mais de intensidade, mas com a posse de bola - pontuou Luxa.
Para o treinador corintiano, o Corinthians foi frágil defensivamente em alguns momentos da partida e isso permitiu que o Grêmio
- Foi desatenção não, mas fragilidade. Deixar um time de qualidade não pode deixar tocar bola e ficamos assistindo. No intervalo disse para ser mais compacto, mais firme na marcação. Claro que é ruim correr atrás, mas se pegar a reação do time foi uma coisa boa - pontuou o comandante corintiano.
Os quatro gols sofridos pela equipe alvinegra foram pelo lado esquerdo, e Luxa admitiu que a evolução no setor é necessária.
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A gente sabe que tem acontecido e vamos procurar fazer algo para que a equipe pare de sofrer. Temos que tentar corrigir. Uma situação que acontece com a gente não é de hoje, desde que cheguei temos fragilidade de fazer marcação quando tem dois contra um. Proposta com três zagueiros para marcar de lado de campo. Coisa que, de repente, podemos pensar.
O Corinthians volta a campo nesta sexta-feira (22), quando enfrentará o Botafogo, que é líder do Brasileirão pela 24ª rodada da competição nacional. A partida será, mais uma vez, na Neo Química Arena.
