Mancini admite que busca reforços para o setor ofensivo do Corinthians: ‘Chegarão pra botar a camisa e jogar’
Mesmo com uma dívida próxima a R$ 1 bilhão, o treinador corintiano afirma que: 'A crise (financeira) existe, mas não impossibilita a chegada de um jogador de peso'
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O técnico Vagner Mancini não esconde que vê carências no elenco do Corinthians, mas entende a difícil situação financeira do clube, com uma dívida total que atualmente está em R$ 956,9 milhões.
Mesmo assim, o treinador admitiu que a diretoria corintiana busca atletas para compor o setor ofensivo do clube. O profissional ainda acrescentou que os jogadores que chegarem terão status de titular, mas que esperará o retorno do investimento em campo.
Ainda assim, Vagner salienta que o seu desejo é manter o espaço que tem sido dado aos atletas oriundos das categorias de base, como é o caso do atacante Rodrigo Varanda, que até aqui foi titular em todos os jogos do Timão nesta temporada.
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- A diretoria tem linhas que podem dar certo, que seriam para o setor ofensivo, onde á nossa maior dificuldade. Diante de todo esse quadro, pode chegar alguém. Uma luta para você pagar um salário digno, mas tenha retorno. O que ninguém quer é pagar salário e não ter retorno. Isso que deixa uma estrutura descompensada - disse o comandante corintiano em entrevista à rádio Bandeirantes.
- Muita gente foi citada, alguns realmente foram sondados outros não. É difícil falar sobre nome, porque gera interesse em outras equipes , empresários, enfim. Mas é importante que se vieram atletas, chegarão para botar a camisa e jogar. Não temos a intenção de barrar os meninos com atletas que sejam incógnitas. Aposta é na base, nos garotos. O torcedor que isso, quem entenda o que é o Corinthians. Importante trazer ainda mais esses jogadores identificados para o dia a dia. A crise existe, mas não impossibilita a chegada de um jogador de peso, desde que ele nos dê o que esperamos - acrescentou.
Em um exercício de suposições, Mancini disse que gostaria de contar com quatro ou cinco jogadores para o seu comando de ataque, mas em nenhum momento desmereceu, seja as peças, quanto o elenco que tem nas mãos.
- Se eu pudesse escolher no mercado, buscaria de quatro a cinco jogadores (ofensivos). Mas, como não temos o privilégio disso, estamos tentando com os garotos achar possibilidades diferente - disse.
- Não posso admitir que meu elenco é o pior, tenho que pensar que é o melhor e vou tirar dele o máximo possível. Tenho passagens em clubes menores que tirei mais do que esperado, porque você mobiliza e tira mais do atleta. Todo mundo envolvido e pensando de forma positiva, o time acaba melhorando muito dentro de campo - acrescentou.
Para Vagner, o trabalho é a solução para suprir essas carências, além de deixar claro que sabia do cenário em que o Corinthians se encontrava desde quando aceitou o convite para dirigir a equipe.
- Sabia da dificuldade financeira, sabia que para escapar não teríamos reforços, sabia que no primeiro semestre seria reestruturação e não vou reclamar - comentou.
- Vou para campo trabalhar, melhorar jogador, melhorar o sistema de jogo. Vejo que nesses últimos jogos muita gente ficou preocupada, como eu também fiquei, mas tenho a chance de fazer um bom trabalho. Ninguém desaprende a joga - prosseguiu.
Vagner Mancini chegou ao Timão em outubro do ano passado, exatamente um mês e um dia após o clube do Parque São Jorge demitir Tiago Nunes. Até o momento, o atual treinador tem 32 jogos comandando o clube com 14 vitórias, oito derrotas e 10 empates, um aproveitamento de 54,1%.
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