Maycon despista sobre continuidade no Corinthians e elogia Vítor: ‘Entendeu o que é o clube’

Um dos jogadores mais queridos pelos torcedores do Corinthians é o volante Maycon. Após passar por um momento difícil na Ucrânia, deixando o país no meio da guerra com a Rússia, o camisa 5 escolheu retornar ao Timão. O atleta contudo tem futuro incerto após o final da temporada.

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O meia está emprestado ao clube alvinegro até o final do ano, e tem contrato com o Shakhtar Donetsk até dezembro de 2025. O período vivido pelo volante no Velho Continente era um dos melhores desde a chegada do atleta em 2018, e por tudo isso dificilmente o clube de Donestk irá se desfazer com facilidade do jogador.

Em entrevista ao Canal do André Hernan no YouTube, Maycon desconversou sobre a possibilidade de continuar no Parque São Jorge ao final de 2022. O atleta disse que não a decisão não depende só dele.

- Fico feliz quando vejo o reconhecimento dos torcedores. A gente vai para um clube e sempre tenta fazer o melhor, e às vezes não é possível. Cheguei, tive problemas nos primeiros jogos por questões físicas, fiquei muito tempo sem jogar. Sempre deixei claro que sempre fui e estou feliz no Corinthians. Uma transferência, continuidade, não depende só do Maycon, tem o Shakhtar, envolve outro clube. Tem que ver o que o clube quer para o jogador. Não é uma conversa que tive. Eu penso jogo após jogo. Não tenho essa resposta ainda, tenho que respeitar o Shakhtar - ponderou o volante.

Há algumas semanas, o diretor financeiro do Timao, Wesley Melo, explicou que uma movimentação como essa passaria por um estudo administrativo, de planejamento e que também pelo departamento de futebol corintiano.

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Maycon também falou sobre Vítor Pereira, que em três meses no cargo, vem conseguindo bons resultados e o apoio da Fiel.

- Ele entendeu bem o que é o Corinthians. Às vezes o treinador vem para um clube e demora para entender o que é o clube. Desde quando cheguei, ele já tinha entendido o que é ser Corinthians, o que o corintiano quer que a gente entregue dentro de campo. Ele cobra isso, o principal para o treinador é entender aonde ele está. O Vítor entende o que é o Corinthians, sabe o peso do clube, a essência do Corinthians - afirmou o camisa 5.

Uma das metodologias empregadas por Vítor desde a sua chegada ao Corinthians é o rodízio de jogadores na temporada. O volante enxerga ser algo benéfico na questão física e importante devido ao calendário brasileiro.

- Todos os jogadores querem jogar. Treinar é muito bom, mas o jogo é o principal, tem a torcida, o ambiente. O jogador que não quer jogar todos os jogos já tem algo diferente, e a gente pode se incomodar com isso. Trabalhei com treinadores que fizeram bastante rodízio. Todo treinador tem uma espinha, um time que imaginava na cabeça, mas entende que não serão em todos os jogos que ele vai poder utilizar aquilo. Os europeus que vieram para cá tentaram fazer o rodízio, mas não é muito bem visto pelos jogadores e imprensa. É necessário pelo calendário que a gente tem. Tem que entender que o rodízio é importante. Melhor perder um jogo poupado do que seis, sete por uma lesão muscular ou outro tipo de coisa - comentou.

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OPÇÃO POR RETORNAR AO CORINTHIANS
- Sou muito grato ao Corinthians, não posso demonstrar isso. O clube me abriu muitas portas, fui muito feliz na minha primeira passagem. Na base rejeitei algumas coisas para ficar no Corinthians, jogar no profissional aqui. Quando decidi voltar, estudando algumas possibilidades, entendi que era importante voltar ao Brasil, queria estar no Corinthians, por essa forma de gratidão. É o clube que me revelou, me abriu portas, tenho uma identificação grande com a torcida. O que eles fazem no estádio, é muito complicado no Brasil hoje, você ver o que os torcedores se entregam. Cantar os 90 minutos faz uma diferença muito grande. Quando um jogador pensa em ir para um clube ou outro, essa questão é muito importante. Sempre fui fã dos corintianos.

FUTEBOL BRASILEIRO É VITRINE PARA SELEÇÃO BRASILEIRA
- É uma vitrine muito boa, o futebol brasileiro elevou muito o nível com os jogadores que retornaram, e os técnicos entendem que hoje um trabalho diferenciado prepara melhor. É um objetivo de todos os jogadores, a gente sabe da concorrência jogando no Brasil, Europa. O jogador brasileiro sempre teve a técnica como diferencial, e tem até hoje. É uma vitrine boa, fez diferença eu voltar ao Corinthians, junto com o elenco que temos hoje. Minha carreira é baseada em aprendizado. Se estou aqui no Corinthians é porque vejo uma margem de evolução com esses jogadores, treinador europeu. Passa a ser um objetivo, mas sei que é ano de Copa, é um ano em que as vagas estão quase preenchidas. Sou novo, sei que tem mais Copas, e temos que trabalhar para um dia vestir a camisa da Seleção.

DIFERENCIAL DO VÍTOR PEREIRA E NOVAS TÁTICAS
- É difícil falar o que ele tem de diferente, porque a gente não teve o tempo de trabalho que um treinador tem, para mostrar o que ele tem de melhor. Ele tem se adaptado ao futebol brasileiro, alterando as táticas formações. Aí você vê que é um treinador entende o que faz. Nossa equipe está se adaptando a ele nos jogos, com poucos vídeos, porque a gente não treina normalmente. O calendário brasileiro é isso, já viemos de vários falando que o futebol brasileiro não dá tempo pro treinador trabalhar, entender o que é o elenco. O Brasil não deixa isso. Ele está se adaptando, tentando passar as informações que a gente tem. Essa mudança tática no decorrer dos jogos vai nos ajudar muito. Temos um sistema padrão com algumas alternativas, a gente vê que ele sabe muita coisa. Ele vai ajudando a gente ao longo dos jogos, e estamos conseguindo bons resultados. Estamos trabalhando para chegar no final do ano brigando por títulos.

DOIS GOLS CONTRA O BOCA NA NEO QUÍMICA ARENA
- Jogo que fica marcado. Pela dimensão do adversário também, Corinthians ganhou a Libertadores contra o Boca, estava assistindo esse jogo. Foi um momento muito importante, vou levar para o resto da vida. Tive noites especiais no futebol, esse jogo também vai ser especial.

JOGO CONTRA O BOCA NA BOMBONERA
- Aquele jogo mostra o quê queremos no ano. O Boca tem os seus problemas, mas em La Bombonera, nunca vai ser fácil. A gente tinha ciência disso, que seria complicado. Foi um jogo importante para nós, foi um empate bom. Sabíamos que esses jogos eram importantes para nos preparar para o que vem. Vamos ter que decidir fora de casa, e esses jogos nos esperam, o clima, ambiente.