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Nacional questiona doping de Yago, mas Corinthians não prevê problema

Dirigente de clube uruguaio alega que zagueiro deveria estar suspenso preventivamente após flagra no exame antidoping, mas brasileiros defendem base legal para escalação

Yago
imagem cameraZagueiro entrou em campo 18 vezes nesta temporada, todas como titular do Corinthians (Foto: Agência Corinthians)
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Lance!
Montevidéu (Uruguai)
Dia 28/04/2016
14:09
Atualizado em 28/04/2016
14:32

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O Nacional, do Uruguai, apresentou uma reclamação formal à Conmebol a respeito da situação do zagueiro Yago, titular do Corinthians no empate em 0 a 0 válido pela ida das oitavas de final da Copa Libertadores, nesta quarta-feira, em Montevidéu. O camisa 3 do Timão foi flagrado no exame antidoping por uso da substância proibida betametasona em jogo do Campeonato Paulista e o próprio clube divulgou a informação no último fim de semana, após a eliminação do Estadual. De acordo com um dirigente do clube uruguaio, Yago não poderia ter participado da partida deste meio de semana em razão de uma suspensão preventiva, procedimento padrão em casos de flagra.

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- O jogador deveria ser suspenso preventivamente, o Brasil deveria comunicar isso à Conmebol e o jogador não deveria estar disponível. O médico do Corinthians reconheceu ter aplicado uma substância. Temos conhecimento da situação desde segunda-feira. Enviamos uma carta à Conmebol de que tínhamos a informação e queríamos saber a situação do jogador - disse Guillhermo Pena Fernández, diretor jurídico do Nacional.

De acordo com o dirigente, o Nacional pediu esclarecimentos durante a reunião técnica da partida desta quarta-feira, e a Conmebol afirmou não ter conhecimento de nenhuma comunicação do Brasil sobre Yago e que, portanto, ele estaria habilitado para entrar em campo. De acordo com Fernández, o Nacional enviou outro comunicado dizendo que o jogador brasileiro não deveria ter atuado no Parque Central.

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No Brasil, o Corinthians se defendeu. Além do apoio no regulamento, que prevê punição preventiva apenas depois do conhecimento do resultado da contraprova, que deverá ser divulgado na próxima segunda-feira, o gerente de futebol Edu Gaspar disse que a Conmebol tem conhecimento da situação de Yago e isso não causará qualquer problema na Libertadores. "Estamos 100% documentados, temos uma carta da Conmebol", explicou o dirigente, rapidamente, durante o desembarque do Timão no Aeroporto de Guarulhos.

A substância betametasona está presente em um medicamento de ação anti-inflamatória aplicado no joelho de Yago antes do clássico contra o Santos, em março. O Corinthians não espera problemas porque o medicamento foi aplicado a partir de um método entre cinco que é permitido pelo Controle de Dopagem - os outros quatro representam doping, ou seja, substância proibida para ganho esportivo. O flagra foi divulgado no último sábado e o Corinthians aguarda o resultado da contraprova até dia 2. Como o clube já admitiu o uso da medicação, é provável que Yago seja suspenso preventivamente por 30 dias e a partir daí o Timão apele às instâncias superiores pela absolvição, inspirado em casos anteriores bem semelhantes, como do atacante Serginho, ex-Portuguesa.

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