Por contrato, o Corinthians tem até o fim de junho para efetivar a opção de compra dos direitos econômicos do zagueiro Pablo e garantir sua permanência após o fim do ano, quando vence o contrato de empréstimo do Bordeaux, da França. Assim, restam pouco mais de 30 dias de conversas para evitar o fim do prazo e a ameaça de qualquer outro clube chegar aos franceses com 3 milhões de euros (cerca de R$ 11 milhões) e tirar do Timão o melhor zagueiro do Campeonato Paulista. O prazo pode ser apertado, mas a confiança da diretoria alvinegra na renovação de Pablo é oposta, a ponto de o diretor de futebol Flávio Adauto falar sobre o tema ao LANCE! de forma contundente.
- Nós vamos negociar, como fizemos até agora, vamos conversar e não vamos perder o Pablo. Nós não vamos perder, simples. Essa é a minha posição, do presidente, do técnico e do próprio Pablo. Não vamos perder.
O otimismo do Corinthians está baseado em alguns fundamentos: a vontade do jogador, o sucesso do clube em praticamente todas as negociações do vaivém nesta temporada (William Pottker é a única exceção lamentada pela diretoria), os prazos e valores bem estabelecidos no contrato de empréstimo e até a possibilidade de não desembolsar nenhum centavo pela compra de Pablo. Isso seria possível no caso do Timão envolver 15% que ainda detém dos direitos do atacante Malcom nas conversas com o Bordeaux, clube para o qual a revelação corintiana foi vendida no começo do ano passado.
O Corinthians considera que Malcom valha no mercado europeu algo em torno de 30 milhões de euros atualmente - o site especializado "Transfermarket" fala em um terço disso. Como tem 15% dos direitos, a fatia é avaliada em cerca de 5 milhões de euros, o que supera aquilo que os brasileiros precisam pagar por Pablo. A complexidade desta negociação faz o Timão ter cautela.
- O valor (dos 15% de Malcom) é acima do que a gente teria que pagar pelo Pablo. Os 15% são quase o dobro já, dentro do mercado europeu, então não vamos decidir agora, temos um mês e pouco, é tempo para caramba. Dentro da nossa forma de agir, desse negócio de não ter pressa - explica Adauto, que voltou a manifestar confiança na permanência do beque após o fim de 2017.
- A gente sabe que ele está feliz, quer continuar aqui, nós também queremos, mas vamos fazer as coisas dentro do nosso tempo. Não vamos chegar e antecipar coisas. Estamos atentos e protegidos pelo contrato que temos preferência - completa o destemido diretor de futebol do Corinthians.