Independentemente do nome escolhido, o próximo treinador do Corinthians terá uma parada duríssima pela frente em seu novo emprego. A equipe está sem comando após a derrota para o Ceará por 2 a 1, resultado que colocou fim à passagem de Osmar Loss, rebaixado novamente para o cargo de auxiliar técnico. O Timão tem diversos problemas, de campo e extracampo, e encarará uma sequência duríssima pela frente.
O primeiro e mais urgente desafio do próximo treinador será levantar o moral do time, que anda muito baixo. Exceção à atuação aceitável na vitória por 2 a 1 sobre o Colo-Colo (CHI), que ocasionou a eliminação na Libertadores, as últimas partidas foram muito abaixo do esperado. Houve abundância de jogadores sem confiança, com erros infantis e pouco poder de reação. Loss fracassou nessa missão, uma das razões para sua saída.
O Corinthians também sofre com problemas físicos. Líderes do elenco, Cássio e Fagner estão machucados. O lateral-direito deve voltar só daqui três semanas, quando curar uma lesão na coxa direita. O goleiro não tem previsão de retorno. Seriam peças fundamentais para uma retomada rápida, exigência neste momento.
Até porque o tempo é muito curto. A diretoria prometeu anunciar o nome do novo treinador até sábado. Não poderia ser diferente, pois domingo tem simplesmente clássico contra o Palmeiras no Allianz Parque. Na sequência, início da semifinal da Copa do Brasil contra o Flamengo, no Maracanã. A reação precisa ser para ontem. Detalhe: o time folga nesta quinta-feira, quando estará voltando de Fortaleza. Na sexta, reapresentação com trabalho mais leve. Ou seja, o novo treinador pode ter só um treino antes do clássico, o da véspera, que costuma ser apenas de ajustes, muito mais leve. Será na base da conversa? Do tranco? A depender do perfil de treinador escolhido.
Até o momento, os nomes de Dorival Júnior e Levir Culpi, ambos desempregados, são comentados por pessoas próximas à diretoria. Mas, diretamente, nenhum deles confirma ou dá sinal do profissional que pode ser escolhido. Vanderlei Luxemburgo tem sempre seu nome levantado, por se tratar de alguém que venceu no clube, mas não é do agrado do presidente Andrés Sanchez, dizem aliados.
- Sobre quem vem, não quero rotular. Vamos começar a olhar a partir de agora. Mas queria deixar claro isso, a gente pretende que o Osmar fique com a gente, como auxiliar. Já fizemos isso com o Carille, que foi e voltou algumas vezes. Infelizmente agora é hora de mudar - analisou Duílio Monteiro Alves, diretor de futebol, após anunciar a saída de Loss ainda em Fortaleza.
Uma tentativa de criar um novo Carille falhou. E agora, qual será a aposta do Corinthians? Qualquer que seja, chegará com pressão, sem tempo para trabalhar, mas uma oportunidade de salvar a temporada.