OPINIÃO: Corinthians tem totais condições de ser campeão da Copa do Brasil
Em relação a time, os corintianos não devem em nada aos flamenguistas e não podem ser tratados como coadjuvantes na decisão
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Não importa que é o Flamengo pela frente na final da Copa do Brasil, o Corinthians tem totais condições de ser campeão.
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Por todo contexto acerca do clube carioca, envolvendo elenco, dinheiro e histórico recente, é natural que eles sejam favoritos, mas isso não pode reduzir o Timão a um mero coadjuvante na decisão. Muito pelo contrário, o time paulista é um daqueles que, no Brasil, tem material para fazer frente ao Rubro-Negro.
‘Ah, mas o Flamengo passou o carro no Corinthians na Libertadores’, você pode dizer. E eu digo que justamente o fato disso ter acontecido deixa o Timão mais fortalecido para os jogos da Copa do Brasil.
O Time do Povo tem atletas principais muito experientes. Alguns deles não estavam ou possuíam condições de jogo precárias no compromisso pela Libertadores, mas utilizarão dos encontros de agosto para não repetir erros e explorar acertos. E isso tem muito a ver com o dedo do treinador, que é outro ponto que acredito ser de vantagem ao Timão.
Vítor Pereira tem uma bagagem muito maior do que Dorival Júnior. O técnico do Flamengo está com moral por ajustar a equipe após a saída de Paulo Souza, mas tem poucos registros de trabalhos de destaque a ponto de conquistar um título de calibre nacional. O máximo foi a conquista da Copa do Brasil de 2010, com um Santos de Neymar e Ganso que praticamente jogavam sozinho.
Em campo, o Corinthians tem jogadores com total capacidade de decidir um campeonato. O trio Renato Augusto, Róger Guedes e Yuri Alberto, por exemplo, não deve nada para Arrascaeta, Gabigol e Pedro.
Um meio-campo cerebral, que é craque, e dois atacantes que jogam muita bola. Qual a diferença? Eu, sinceramente, vejo um nível completamente parelho.
E do meio-campo para trás considero o Timão mais forte que o Flamengo.
No gol, a equipe alvinegra tem Cássio, que já provou a todo mundo do que é capaz em decisões.
Na lateral-direita, Fagner não tem comparação, ainda que não esteja fazendo uma boa temporada, diferentemente do atleta da mesma posição no time carioca, o Rodinei, que tem uma carreira mediana, mas faz um ano de 2022 fora da curva. Mas são nas finais que os craques, regulares, se sobressaem. E Fagner é craque.
Na esquerda, Filipe Luís é fora da curva, mas Fábio Santos não fica muito atrás. Tem a experiência necessária que uma decisão precisa e cresce demais em jogo grande.
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Na zaga, Gil e Balbuena formam uma dupla mais equilibrada que David Luiz e Léo Pereira, onde um se destaca e ‘carrega’ o outro.
E dá até para dar uma passada entre os volantes, pois Fausto Vera e Thiago Maia, a meu ver, estão no mesmo nível, até com uma ligeira vantagem para o argentino. Já João Gomes e Du Queiroz são dois de uma safra de ótimos meias que estão surgindo no futebol brasileiro, ambos promissores, mas que não vivem lá em grande fase.
Ou seja, falando de elenco, o Corinthians não deve nada ao Flamengo. Podemos discutir elenco, peças de reposição. Mas não sei se isso ganha campeonato. Tenho certeza que leva a final, mas na decisão quem garante a taça são os 11 em campo.
E o fato do elenco corintiano, como um todo, ser relativamente precário é o que engrandece ainda mais o fato de ter chegado à final, principalmente porque em parte da competição alguns medalhões estavam fora, por lesão. Méritos totais ao gigante trabalho feito por Vítor Pereira até aqui.
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