Oswaldo lamenta demissão e detona presidente do Corinthians: ‘Decepção’
No dia seguinte à saída do Timão, treinador que durou apenas dois meses no clube fala sobre demissão e disse que teve 'grande equívoco' ao acreditar em Roberto de Andrade
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Um dia após ter anunciada a sua demissão do Corinthians, o técnico Oswaldo de Oliveira se posicionou de maneira contundente e fez críticas à postura do presidente alvinegro, Roberto de Andrade, e da diretoria do Timão.
Oswaldo tinha contrato até o fim de 2017 e falou em "extrema decepção" com a decisão do clube de demiti-lo. Ele lembrou que participava do planejamento para a próxima temporada, mencionou as dificuldades enfrentadas pelo Corinthians durante todo este ano, que o atrapalharam, e disse ter se arrependido por acreditar em Roberto de Andrade, que lhe prometeu continuidade no cargo.
O ex-treinador corintiano revelou que chegou a cogitar assumir o clube apenas em 2017. Ele estava no Sport, mas foi convencido a largar o time pernambucano em outubro.
Em dois meses no Corinthians, Oswaldo de Oliveira conquistou duas vitórias, três derrotas e quatro empates. Esta foi a terceira passagem dele pelo clube.
CONFIRA A NOTA OFICIAL DE OSWALDO DE OLIVEIRA:
"Passado um dia do anúncio da minha saída do Corinthians, resolvi me manifestar a respeito do assunto.
O presidente do Corinthians tem todo o direito de tomar as decisões que ele entender as melhores, mas me reservo o direito de contestá-las. Por isso, quero deixar claro meu descontentamento e extrema decepção com minha saída do Corinthians.
Quando o presidente Roberto de Andrade me ligou enquanto eu ainda era técnico do Sport, a insistência dele era para que eu assumisse o clube imediatamente, porque ele precisava do meu trabalho para começar logo o planejamento para 2017. Chegamos a conversar sobre a possibilidade de iniciarmos apenas no ano que vem, mas ele sempre fez valer que a urgência era fundamental.
Assim, da mesma forma que o presidente admite que errou ao me contratar, quero dizer que cometi também um grande equívoco de avaliação ao acreditar no que ele me disse sobre haver um planejamento para 2017.
É preciso que as pessoas não se esqueçam do contexto envolvendo o Corinthians em 2016. Houve troca de comando técnico, na comissão técnica e saída de jogadores importantes. Tudo isso contribuiu muito para este período de transição que o clube vive hoje. Assumo minha parcela de responsabilidade no processo, mas será que trocar o treinador que estava cuidando do planejamento para o ano que vem resolve todos esses problemas? O problema era só esse?
Com empenho e compromisso, trabalhei dia e noite durante esses dois meses visando a conquista de uma vaga na Libertadores de 2017, assim como na montagem do elenco para a próxima temporada. Estávamos trabalhando duro para montar um time forte e vencedor, como é o perfil do Corinthians. Não merecia um desfecho dessa maneira. Eu era um dos primeiros a chegar e um dos últimos a sair do CT. E eu me orgulho disso. Mais do que minha obrigação profissional, era um prazer trabalhar no e para o Corinthians. Não sou uma pessoa que sento em cima de glórias do passado, mas acho que a história que o Corinthians e eu construímos juntos não merecia um desfecho dessa maneira.
Por tudo isso descrito acima e por minha convicção em que o trabalho seguiria e seria melhor em 2017 que lamento profundamente a interrupção desse compromisso.
A todos corinthianos, fica aqui meu respeito.
Um abraço,
Oswaldo de Oliveira"
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